terça-feira, 22 de setembro de 2009

OS FILMES DA MINHA VIDA (1)

Gosto muito de cinema. De todo o cinema : daquele que se produziu antes de eu ter nascido, do cinema de meados do século passado (sobretudo desse) e do que se faz nos nossos dias. A origem das fitas que eu vejo e das quais eu gosto também não tem a mínima importância. Tanto se me dá (desde que haja qualidade) que as películas venham de Hollywood, de Bollywood, da Cinecittà, de França, da Rússia, do Irão, da Bolívia ou dos velhos estúdios do Lumiar. À priori, não rejeito nada. Mas também abandono facilmente e sem remorsos, confesso, aquelas ‘coisas’ que não conseguem reter o meu interesse ou a minha atenção nos primeiros 15/20 minutos de projecção. Penso ter visto, ao longo dos meus mais de 60 anos de vida, uns 10 000 filmes. E, como é lógico, já esqueci mais de metade deles, inclusivamente os títulos. Mas a minha memória conserva ainda intacta (ou quase) os bons momentos proporcionados por centenas de fitas que vi em dezenas de sítios diferentes : nas salas e esplanadas modestíssimas do bairro da periferia do Barreiro onde passei a minha meninice e a minha adolescência ou nalguns luxuosos palácios de Paris, como (por exemplo) o famoso «Normandy», da avenida dos Campos Elíseos, que chegou a ter 2 000 lugares ! Guardo também uma excelente recordação do multiplex Gaumont de Rouen/Grand Quevilly (a 5 mn a pé de minha casa), que, com as sua confortáveis 17 salas, propunha diariamente 17 filmes diferentes. Enfim chega de palavreado, porque todo ele serviu, apenas, de pretexto para apresentar aos meus improváveis leitores alguns dos filmes que eu amo, a começar pelo «ROUBO NO HIPÓDROMO», de Stanley Kubrick.

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