terça-feira, 31 de agosto de 2010

«O FALCÃO»


Os 'moços' da minha idade ainda se recordam deste semanário juvenil consagrado à banda desenhada. Apareceu por cá em fins de 1958 -tinha eu 13 anos- e perdurou até 2003 -tinha eu 58 anos- após a publicação de três séries e de 1392 números. Foi nele (e noutras revistas similares) que eu descobri Cisco Kid, Dick Turpin, o major Alvega, Arizona Jim e tantos outras figuras míticas da minha juventude. Que saudades...

BARRACUDAS HÁ MUITOS...


Sim, barracudas -como chapéus- há muitos, seu p... Há, para já, o peixe perciforme inspirador do nome, uma espécie extremamente voraz, cujos indivíduos podem atingir mais de 1,80 m de comprimento


Há, depois, o automóvel modelo 'Barracuda' produzido pela firma Plymouth. O que aqui está retratado à frente de uma impressionante 'Fortaleza Voadora' (Boeing B-17) da Segunda Guerra Mundial é o modelo de 1970, um dos mais prestigiosos


E, finalmente, há os futuros sumarinos nucleares de ataque franceses, que substituirão os seus congéneres da classe 'Rubis'. Estes poderosos submarinos começarão a ser entregues à armada francesa (que encomendou seis) em 2016. Estes futuros reis das profundezas terão 99 m de comprimento, deslocarão 4 765 toneladas (em imersão) e poderão lançar uma panóplia variada de projécteis : torpedos (clássicos ou dotados com ogivas nucleares), mísseis de cruzeiro, mísseis antinavios 'exocet', etc. Os futuros 'Barracudas' poderão atingir a velocidade de 20 nós e terão uma guarnição de 60 marinheiros e especialistas, para além de poderem transportar, quando necessário, mais 15 outros combatentes (mergulhadores de combate e outros elementos das forças especiais). Aos futuros submarinos (que farão, decerto, o sr. Paulo Portas morder-se de inveja) serão dados os nomes de seis grandes figuras da marinha militar da História de França : Suffren, Duguay-Trouin, Duquesne, Dupetit-Thouars, Tourville e De Grasse.

«BARCOS DO SADO»


Bonita tela do saudoso pintor setubalense João Vaz

O EX-4º GRANDE



Esta fotografia mostra a formidável equipa do Clube de Futebol Os Belenenses da época 1955-1956, quando esta prestigiosa agremiação desportiva da capital portuguesa ombreava com o Benfica, o Sporting e o Porto. Para memória, aqui ficam os nomes dos jogadores retratados. De pé, da esquerda para a direita : José Pereira, Raul Figueiredo, José Maria Pellejero, Raul Moreira, Vicente Lucas e Pires. Agachados e pela mesma ordem : Matateu, Martinho, Carlos Silva, Sousa André e Andrés Di Pace


Matateu numa das suas acrobáticas e espectaculares jogadas. Este atleta (irmão de Vicente Lucas) foi um dos melhores futebolistas portugueses (e não só) do seu tempo. O escrevinhador destas linhas chegou a vê-lo jogar várias vezes, no Barreiro, contra as formações locais (F. C. Barreirense e G. D. da CUF)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

NAU DAS ÍNDIAS


Arrostando a fúria do oceano e as rajadas de vento ciclónico, que lhe rasgaram as velas, esta nau portuguesa da carreira do Oriente prosegue o seu caminho. Até às longínquas terras onde se colhe a pimenta e outras especiarias raras, que valem ouro na Europa renascentista

DELICIOSAS 'RILLETTES'


Em França, fazem-se hoje 'rillettes' de tudo e de mais alguma coisa : de coelho, de perdiz, de pato, de salmão, de truta, de atum, de sardinha, etc, etc. Todas elas são deliciosas, mas eu tenho uma preferência especial pelas tradicionais 'rillettes' de porco, confeccionadas segundo as regras da arte culinária, na cidade e região de Le Mans (Sarthe)


Pitéu de excelência (e relativamente barato), as 'rillettes' tradicionais são elaboradas com pedaços nobres do suino, cozidos, desfiados e conservados em banha


Podem ser servidas como entradas de mesa, em canapés (como acompanhamento do aperitivo, que em França sempre precede as refeições), etc. Mas a melhor maneira de as degustar é quando cobrem generosamente umas fatias de pão fresco e são acompanhadas por um bom vinho tinto; que pode ser (sem haver obrigatoriedade nessa escolha) da região onde as rillettes são elaboradas : a região da Loire


Em Portugal podem-se adquirir 'rillettes' em várias grandes superfícies e em certas lojas que comercializam comestíveis estrangeiros. Apesar de ser um produto excelente (embora muito calórico), são consideradas pouco requintadas e baratas. Nada têm, portanto, a ver com coisas finas, como, por exemplo, o 'foie gras'

SANTO ANTÓNIO DE LISBOA


Há muitos anos tive a ocasião de visitar a basílica paduana que guarda as lembranças do por lá chamado (nas itálias) Santo António de Pádua. Recordo-me de ter visto (num recipiente de cristal) um maxilar, as cordas vocais e outras relíquias daquele que nasceu na capital portuguesa -cerca do ano de 1190- e que ali se fez homem com o nome de Fernando de Bulhões. Parece que este apelido deriva de Bouillon e tem a ver com um nobre francês, que chegou ao nosso país nos primeiros tempos da nacionalidade (para ajudar à conquista de Lisboa, ao que parece) e que por cá deixou descendência. Doutor da igreja e santo, António de Lisboa ou de Pádua deixou, por essa Europa fora, o seu nome ligado a crenças populares, como a de casamenteiro, a de ter o dom de, quando invocado, ajudar a encontrar os objectos perdidos, etc. Por cá, mesmo na sua cidade-natal, julga-se que ele é o santo padroeiro (ou patrono) de Lisboa. O que é falso, visto essa honra ter sido concedida ao mártir São Vicente, cujo corpo até figura no brasão de armas da chamada 'Cidade das Sete Colinas'...


Basílica de Santo António, em Pádua

domingo, 29 de agosto de 2010

OS FILMES DA MINHA VIDA (42)


«GERÓNIMO»

FICHA TÉCNICA
Título original : «Geronimo»
Origem : E. U. A.
Género : Western
Realização : Arnold Laven
Ano de estreia : 1962
Guião : Pat Fielder
Fotografia (cor) : Alex Phillips
Música : Hugo Friedhofer
Montagem : Marsh Hendry
Produção : Arnold Laven
Distribuição : United Artists
Duração : 101 minutos

FICHA ARTÍSTICA
Chuck Connors ................... Gerónimo
Kamala Devi ..................... Teela
Ross Martin ..................... Mangus
Pat Conway ...................... Maynard
Adam West ....................... Delahay
Enid Jaynes ..................... Huera
Larry Dobkin .................... general Crook
Denver Pyle ..................... senador Conrad
Armando Silvestre ............... Natchez
John Anderson ................... Burns
Amanda Ames ..................... senhora Burns
Eduardo Noriega ................. coronel Morales

SINOPSE
Cansado da guerra que os brancos lhe movem há vários anos, Gerónimo aceita submeter-se à autoridade militar, em troca da garantia de uma vida digna para o seu povo. Mas as suas esperanças esvaiem-se, quando o seu clã chega à reserva de San Carlos. O famoso chefe de guerra dos Apaches Mescaleros verifica que fora abusado por falsas promessas, já que é evidente que os seus irmãos de raça vivem ali em condições degradantes, inaceitáveis.
Gerónimo acaba por convencer alguns dos seus companheiros a rebelar-se contra a gerência corrupta da reserva e contra a arrogância e a brutalidade da sua guarda, constituída por soldados de uma unidade de cavalaria.
O clã de Gerónimo, do qual faz parte Teela, a sua nova companheira, volta, assim, à sua antiga condição de perseguido. Mas, apesar da diferença numérica e de meios desfavorável aos Apaches, o caudilho pele-vermelha resiste e até consegue levar a melhor nos confrontos que o opõem aos militares dos Estados Unidos. Militares que não hesitam recorrer à colaboração do exército mexicano, nem à utilização de material de guerra pesado -tal como a artilharia de campanha- para tentar submeter o inimigo.
Gerónimo continua a resistir. Mas face a problemas de vária ordem -gravidez de Teela, penúria de abastecimentos essenciais, etc- o chefe Apache cede, mais uma vez, às promessas dos brancos. Promessas feitas, desta vez, por um senador vindo especialmente de Washington e habilitado a falar com o destemido guerrilheiro índio em nome do próprio presidente dos Estados Unidos da América.
O futuro instruirá Gerónimo sobre o valor real das novas promessas feitas pelos brancos...

O MEU COMENTÁRIO
Presumimos que, neste filme, o papel do mais notável estratego das guerras Apaches tenha sido confiado ao atlético Chuck Connors, pelo facto deste antigo campeão de basebol (descendente de imigrantes irlandeses, como o seu apelido claramente sugere) já ter encarnado a histórica personagem numa popular produção televisiva.
Este «Gerónimo» de Arnold Laven é uma série B simpática. Não passa, no entanto, disso, de uma banal fita de aventuras, que não se pode levar muito a sério no que respeita o seu conteúdo. Com efeito, o final do filme é mesmo um tanto enganador, já que deixa planar a ideia de que Gerónimo e os Apaches que ele chefiou foram, depois da rendição ilustrada pelas derradeiras imagens desta película, alvo de um tratamento justo e puderam passar a viver condignamente e em paz nos seus territórios ancestrais. Ora, do ponto de vista histórico, isso é puro logro, pois é sabido que as autoridades brancas fizeram, então e uma vez mais, aos Apaches promessas falaciosas, que nunca tiveram a mínima intenção de respeitar. Assim, depois dessa definitiva rendição às autoridades americanas, Gerónimo e o seu povo seriam deportados para uma reserva da longínqua Flórida, onde quase todos eles -incluindo o seu famoso líder- acabaram por morrer, minados pela doença, pela miséria e, sobretudo, pelas saudades da Apacheria perdida.
Gerónimo foi um dos resistentes pele-vermelhas que mais interessou a máquina de produção hollywoodesca. A sua personagem foi evocada em dezenas de westerns. Quase sempre como uma personagem negativa, como um ser sanguinário, como um animal feroz. Foi necessário esperar por meados da década de 50 (do século XX, naturalmente), para que as mentalidades evoluissem e para que, enfim, fosse feita justiça a este insigne cabo-de-guerra ameríndio, que venceu generais e chegou (com o seu escasso número de guerreiros) a mobilizar metade do exército dos Estados Unidos, antes de se render. E isso, numa altura em que o punhado de combatentes sob o seu mando morria literalmente de fome...

(M. M. S.)


O verdadeiro Gerónimo (no seu cativeiro da Flórida) posando para um fotógrafo


A figura do grande guerrilheiro Apache foi encarnada, neste filme de Arnold Laven, pelo atlético Chuck Connors, antigo campeão de basebol


Connors contracena nesta fita com a actriz israelita Kamala Devi, escolhida para interpretar o papel de Teela


Um cartaz francês do filme


Os Apaches eram invencíveis na guerra de emboscadas...


Cartaz promocional norte-americano


A cavalaria americana à mercê dos Apaches


Capa do DVD com cópia do filme

O VINHO É COISA BOA...


O vinho é coisa boa
Nascido de cepa torta
A uns faz perder o tino
A outros faz perder a porta
Se um dia perder a porta
Seja com tal desatino
Que vá dar a um lugar
Onde se venda bom vinho

(O vinho é coisa boa, se bebido com moderação e nunca «até perder o tino», como diz o poeta, autor -anónimo- destes versos)

ALENTEJO MOLHADO


Quem não conhece o Alentejo tem desta região (que, em termos de área, representa quase 1/3 do nosso país) uma ideia de território semi-desértico, onde só faltam (no conceito de um ex-senhor ministro) os dromedários. Porque camelos também há por cá alguns, como em todo o lado. Mas, embora o calor seja exagerado e os verões tórridos, a tal ponto que o verde (característico do Minho e dos Açores) escasseie na nossa paisagem, a verdade é que não faltam neste lugar a sul (ditosa Pátria minha amada) muitos recantos onde toda a gente se possa refrescar. Exemplo dessa verdade são as praias da nossa costa -a mais longa de Portugal- como, por exemplo, a da Praia Grande, em Porto Covo e as margens, agora úberas e refrescantes do Alqueva, o maior lago artificial do continente europeu. Sim, o Alentejo é grande e tem potencialidades. Mesmo para aqueles que, no verão, procuram espaços fresquinhos e molhados...

ALERNAVIOS


O cargueiro acima representado chama-se «Pluto» e o da foto abaixo é o «Alferrarede». Na realidade, trata-se do mesmo navio; que, ao longo da sua existência, teve, curiosamente, dois outros nomes : «Sado» e «João Diogo». Os navios têm todos, como este, uma história; que, tal como a das pessoas, é singular. A do navio que aqui está representado -com duas imagens e com dois nomes distintos- começou no estaleiro naval J. C. Tecklenborg (Geestemunde, Alemanha), onde foi construído em 1913 e passa por episódios como o do seu apresamento no Tejo (pelas autoridades portuguesas), em 1916, e pela sua utilização por duas companhias nacionais de transporte marítimo. O então chamado «João Diogo» (ex-«Alferrarede», ex-«Sado», ex-«Pluto») acabou a sua movimentada carreira em 1963, na sequência de um encalhe irreversível ocorrido na costa de Peniche, quando navegava de Leixões para Lisboa. A história deste navio, que navegou com bandeiras alemã e lusa, e que -durante a Grande Guerra- chegou a ser utilizado como lança-minas pela Armada Portuguesa, será contada (proximamente) no blog ALERNAVIOS, que já contém as histórias de cerca de outros 400 navios. Famosos alguns, quase anónimos outros, praticamente desconhecidos muitos deles. Se o tema lhe interessa, ALERNAVIOS abre-lhe as suas portas, com muito prazer

PORQUE SERÁ ?


Sem comentários

BICHOS EXÓTICOS


A beleza dos animais dos trópicos (aves, peixes, insectos, etc) é evidente e assenta, quase sempre, uma paleta de cores que não usam os seus congéneres europeus. Estas rãs são prova viva dessa realidade

OS FILMES QUE EU VI (OU REVI) ESTA SEMANA :


«JOHNNY GUITAR» (dvd)

Esta fita dirigida por Nicholas Ray em 1953 faz parte (desde sempre) do ‘Top Ten’ mundial das melhores películas jamais realizadas. Já tudo foi dito e escrito sobre esta história de amor e ódio passada no velho Oeste, da qual sobressai a figura ímpar de Vienna, magistralmente encarnada por Joan Crawford. As interpretações dos outros actores e actrizes do elenco -com destaque especial para Mercedes McCambridge, que até ganhou um Óscar- também são louváveis, dignas de menção. Nunca, antes da realização de «Johnny Guitar», um western havia marcado tão profundamente a história do cinema. O DVD com cópia do filme que eu agora visionei, acaba de ser editado (já era tempo !) no nosso país. Para grande alegria de todos os cinéfilos desta terra, que têm a obrigação de o juntar (se não o fizeram já) às suas colecções.


«A VIDA APAIXONADA DE VAN GOGH» (tv)

Embora date de 1956 e seja já considerado um clássico do cinema hollywoodiano, a verdade é que eu nunca tinha visto esta fita de Vincente Minnelli. A oportunidade foi-me agora oferecida pelo canal franco-alemão Arte, que a incluiu esta semana na sua grelha de exibições fílmicas. «A Vida Apaixonada de Van Gogh» é isso mesmo : um relato da existência atribulada daquele que foi um dos maiores artistas plásticos do século XX. Desde os tempos em que partilhou (enquanto missionário) a vida miserável dos mineiros belgas do Borinage, até à exaltação da sua amizade com Gauguin, numa Provença que ele pintou como ninguém : com cores de fogo e de loucura. Excelente interpretação de Kirk Douglas (porventura uma das suas melhores de sempre), no papel do incompreendido e dilacerado pintor holandês. Boas prestações, igualmente, de Anthony Quinn (um truculento Gauguin) e da generalidade do elenco. Muito bom, sim senhores !


«KING AND COUNTRY» (dvd)

Esta película de Joseph Losey é uma das mais impressionantes e dolorosas que alguma vez se rodou sobre a Grande Guerra e sobre o seu rol de sacrifícios e de misérias. Conta-nos o drama do soldado Hamp (do exército britânico), que num momento de desalento abandona o seu posto e é, imediatamente, acusado de deserção pela hierarquia. A sua defesa é assegurada por um aristocrático e distante oficial (Dirk Bogarde), que acaba, no entanto, por descobrir, na pessoa do pretenso desertor, apenas um ser humano como todos os outros. Um ser humano, cujos nervos acabaram por ceder à imensa pressão psicológica imposta pelos combates e pela vida sórdida nas trincheiras, onde homens e ratos lutam desesperadamente pela sobrevivência da espécie. Mas a máquina da ‘justiça’ militar não se compadece com fraquezas psicológicas e o soldado Hamp é conduzido (quase inconsciente) diante de um pelotão de execução. E fuzilado, sem nunca ter realmente compreendido a natureza do seu ‘crime’…


«NICHOLAS NICKLEBY» (dvd)

Com acção situada no universo vitoriano de Charles Dickens (autor em cuja obra se inspirou esta fita), «Nicholas Nickleby» conta-nos a história de uma família inglesa de bom nível social, mas que cai na miséria, após a morte do chefe de clã. Tendo solicitado a solidariedade de um familiar bem instalado no mundo dos negócios em Londres, os Nickleby acabam por meter-se na boca de um lobo cuja ganância é capaz de trucidar tudo e todos. Inclusivamente o próprio filho. Simpático filme, realizado para os Estúdios Ealing em 1947 por um cineasta brasileiro praticamente desconhecido no nosso país, mesmo nos meios cinéfilos : Alberto de Almeida Cavalcanti.


«OS VETERANOS DE TOBRUK» (dvd)

Filme de aventuras bélicas assinado por Henry Hathaway, que o realizou em 1971 por conta dos estúdios Universal. Apesar da competência do cineasta que o dirigiu e da presença de alguns bons actores na distribuição desta fita (Richard Burton, entre outros), «Veteranos de Tobruk» é perfeitamente dispensável. Conta-nos a história de um comando britânico, cuja missão consiste em destruir as reservas de carburante necessárias ao sucesso de Rommel no norte de África. Previsível e pouco convincente.


«GRITO DE INDIGNAÇÃO» (dvd)

Mais uma produção dos Estúdios Ealing. Na Londres do pós-guerra, um grupo de miúdos, leitores de banda desenhada, descobre que uma perigosa quadrilha se serve de uma popular revista de histórias aos quadradinhos para comunicar entre si e para arquitectar os seus assaltos. Como a polícia não acredita nos seus testemunhos, são os próprios miúdos que vão conduzir o inquérito e mover uma caça feroz aos bandidos. Cujo bando eles acabarão por desmantelar… É esta a história contada nesta fita realizada em 1947 por Charles Crichton, cuja cópia videográfica faz parte de uma colecção de DVD’s intitulada ‘So British !’, que compreende vários e interessantes títulos do cinema inglês. Gostei desta fita intitulada no original «Hue & Cry», que, pela forma, faz lembrar um filme neo-realista italiano.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

NEGÓCIO DA CHINA


Em 1626, o colono holandês Peter Minuit convenceu a população autóctone a entregar-lhe a ilha de Manhattan em troca de uma mão-cheia de bujigangas, cujo valor seria, hoje, inferior a 40 euros...


...e fundou ali uma povoação que está na génese da cidade de Nova Iorque


A famosa Wall Street (rua do muro) -a maior praça financeira mundial- chama-se assim, porque foi ali construída (pelos colonizadores brancos) uma paliçada (um muro) para suster eventuais ataques dos ameríndios


Manhattan hoje

MYLÈNE DEMONGEOT


Mylène Demongeot pertenceu à geração de BB e foi, sem dúvida, tal como a referida diva, uma das mulheres mais belas do cinema francês de sempre. Não fez uma carreira cinematográfica excepcional, mas, ainda assim, foi a protagonista de algumas fitas que me ficaram na memória e das quais eu conservo cópias : «Bonjour Tristesse», «The Singer Not the Song», «Sotto Dieci Bandiere», «Tendre Voyou». Curiosidade : foi nora do escritor George Simenon, o 'pai' do comissário Maigret

A ESSÊNCIA DOS NOSSOS POETAS


SONETO DE AMOR

Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma...Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!

(*** José Régio ***)

A CORUJA E O FALCÃO


«Há tempos de usar o olhar da coruja e tempos de voar como o falcão»

(dixit el-rei D. João II)


O Príncipe Perfeito

SEVILLA F. C. * 3 - 4 * S. C. BRAGA


Confesso que há muito tempo não via (na TV) um jogo de futebol tão emocionante. Durante o qual a equipa do Sporting de Braga demonstrou, se isso ainda fosse necessário, que nunca há vencedores por antecipação. A meu ver, o valoroso clube minhoto só pecou pelas facilidades que, no final do jogo, concedeu ao adversário. Um resultado de 4-1 teria sido muito mais justo...