sexta-feira, 27 de maio de 2011

OS FILMES DA MINHA VIDA (52)


«A MOSCA»

FICHA TÉCNICA
Título original : «The Fly»
Origem : E. U. A.
Género : Ficção Científica
Realização : Kurt Neumann
Ano de estreia : 1958
Guião : James Clavell
Fotografia © : Karl Struss
Música : Paul Sawtell
Montagem : Merrill G. White
Produção : Kurt Neumann
Distribuição : 20th. Century-Fox
Duração : 92 minutos

FICHA ARTÍSTICA
David Hedison ……………………………………. André Delambre
Patrícia Owens …………………………………… Hélène Delambre
Vincent Price ……………………………………… François Delambre
Charles Herbert ……………………………….. Philippe Delambre
Herbert Marshall ……………………………… inspector Charas
Kathleen Frrman ……………………………….. Emma
Betty Lou Gerson ………………………………. a enfermeira
Eugene Borden …………………………………… dr. Ejoute
Torben Meyer ………………….…………………. Gaston
Franz Roehn ………………………………………… o médico da polícia

SINOPSE
Um jovem e dotado cientista canadiano descobre, após complexos estudos, a maneira de desintegrar a matéria, de a transportar no espaço e de reconstituí-la com a sua forma original. Depois de várias experiências que validaram, de maneira prática, o seu invento, o Dr. Delambre resolve utilizar o seu próprio corpo como cobaia; mas, devido a uma distracção, uma mosca introduz-se ao mesmo tempo que ele na cabine de transmissão da matéria e a experiência resulta, finalmente, numa permuta da cabeça e de um membro entre homem e insecto. Obrigado a solicitar a ajuda de sua esposa Hélène, que acaba por desistir da captura da estranha mosca de cabeça branca, o sábio pede-lhe (perante a irreversibilidade do seu monstruoso caso) para o ajudar a destruir-se, com a ajuda de uma poderosa prensa industrial. O que ela, embora horrorizada, acaba por fazer. Acusada de homicídio pelo inspector Charas, Hélène é salva ‘in extremis’ da prisão-manicómio onde a querem internar, pela descoberta, no jardim de sua casa, de um curioso insecto com cabeça e um braço humanos. E o polícia Charas, convidado a observar o fenómeno, é obrigado a crer no inacreditável.

O MEU COMENTÁRIO
Inspirado numa novela do escritor anglo-britânico George Langelaan, o argumento de «A Mosca» tem a assinatura de James Clavell e a história foi levada aos ecrãs por Kurt Neumann, um cineasta alemão radicado em Hollywood. Apesar de ser uma simples e ingénua série B, desautorizada pelos críticos, este filme obteve um sucesso popular estrondoso, graças, sem dúvida, à originalidade do seu tema. O êxito foi, aliás, de tal monta, que várias sequelas foram rodadas em 1959 («Return of the Fly») e em 1965 («The Curse of the Fly»); isto sem falar, naturalmente, da fita homónima e bastante mais sofisticada, que David Cronenberg realizou em 1986 com o actor Jeff Goldblum e de «A Mosca 2», dirigida uns anos mais tarde por Chris Walas. Para juntar ao prestígio alcançado por esta película de Neumann, lembro que até um episódio dos Simpson chegou a parodiá-la, com Bart a submeter-se à famosa experiência da transmutação. Isto dito, não quero deixar de referir a presença -no elenco- do grande actor Vincent Price, que encarna, no filme, a figura do irmão do cientista André Delambre. E de insinuar que, quarenta e tal anos depois da sua estreia, «A Mosca» já não tem aquele charme que lhe valeu a consideração do público de finais dos anos 50. A fita envelheceu bastante e já é só uma saudade…

(M.M.S.)


Cartaz francês


Uma experiência mal sucedida transformou o cientista André Delambre num monstro...


Cartaz argentino


...num ser horrendo, com cabeça de mosca e com uma pata do mesmo insecto


Cartaz editado no Canadá anglófono


Num acesso de fúria, o sábio destrói os segredos do seu invento. Antes de sacrificar a vida, com a cumplicidade da própria esposa


Este é um dos cartazes que promoveu o filme na Grã-Bretanha


A captura da estranha mosca de cabeça humana dá veracidade ao fantástico relato de Hélène Delambre e salva-a de uma pesada pena de prisão


Cartaz espanhol de «A Mosca»


O inspector de polícia Charas (Herbert Marshall), François Delambre (Vincent Price) e o pequeno Philippe (Charles Herbert) observam de perto a mosca de cabeça branca


Cartax belga, com os respectivos e habituais títulos em línguas francesa e neerlandesa

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