domingo, 8 de maio de 2011

SAUDADES DE CANCALE


Brasão de armas da cidadezinha de Cancale, França. Os elementos centrais do escudo evocam as principais actividades da população local : a apanha das ostras e a pesca


«La Caravane». Esta aguarela -da autoria do prestigiado artista Marin Marie- mostra os inúmeros veleiros ('bisquines') da frota de pesca cancalense de outrora e a importância primordial que essa actividade ancestral teve (e ainda hoje tem) na economia local


As saborosíssimas ostras 'plates' de Cancale são famosas na França inteira. E não só...


«Apanhadoras de ostras de Cancale» ('Oyster Gatherers of Cancale'). Esta bonita tela do pintor norte-americano John Singer Sargent data de 1878 e pertence às colecções da Corcoran Gallery of Art, um rico museu da cidade de Washington


Cancale é, nos nossos dias, uma pequena cidade bretã (situada no departamento de Ille-et-Vilaine) com um pouco mais de 5 200 habitantes. População que se multiplica por 10 nos meses de verão. Para atrair os forasteiros, sobretudo na época estival, Cancale oferece um quadro paisagístico ímpar, praias de areia exemplarmente cuidadas e uma gastronomia (à base de produtos do mar) extraordinária...


...como a 'assiette de fruits de mer' que esta fotografia mostra. Eu tive a ocasião e o prazer de visitar Cancale duas vezes, numa altura em que as minhas obrigações profissionais me conduziram a Saint Malo, uma cidade vizinha. Já lá vão muitos anos e, confesso, que sinto saudades e umas enormes ganas de voltar


Rua típica de Cancale, junto ao mar. Nela se concentram boa parte dos restaurantes da cidade e lojas de 'souvenirs'


Vista panorâmica da cidade de São Luís, Brasil. Que tem a ver esta metrópole do Maranhão com a cidadezinha bretã a que aqui nos referimos ? -Isto : em 1612, o nobre huguenote Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, zarpou do porto de Cancale com três navios (chamados «Régente», «Charlotte» e «Sainte Anne»), com a intenção de fundar uma colónia francesa nas costas do nordeste brasileiro. A expedição chegou ao outro lado do Atlântico e desembarcou os homens que, sob a égide do supracitado, fundaram Fort Saint Louis, que deu origem à capital maranhence. Essa colónia e terrenos adjacentes foi baptizada com o nome de França Equinocial. Teve vida efémera, tal como a colónia de Villegaignon na baía do Rio de Janeiro. Os colonizadores portugueses nunca consentiram a instalação de estrangeiros naquela terra que, por direito de descoberta e de conquista, consideravam sua

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