domingo, 31 de julho de 2011

'ABÉLIA'


A abelha melífera, útil e simpático insecto himenóptero, infelizmente ameaçado pelo uso exagerado de químicos na agricultura moderna, é cientificamente chamada 'apicola'. Mas a minha neta mais nova, que de portuguesa tem a herança materna e o amor extremo que vota a esta terra à beira mar plantada, chama-lhe -no seu português ainda hesitante, mas compreesível- uma 'abélia'. Enfim, podia dar-lhe para pior...

O BARREIRO PORTUÁRIO


Vista do porto privativo da CUF, junto às fábricas do Barreiro. Em segundo plano, vê-se os casarios do Lavradio, da Baixa da Banheira, de Alhos Vedros, da Moita...


Num outro extremo da cidade, junto a Alburrica, foi construída (em 1884) a estação ferro-fluvial utilizada, simultaneamente, por comboios com destino ao sul do país e pelos barcos (outrora da CP) que asseguravam a carreira Barreiro-Lisboa Terreiro do Paço


Existiu, nos meus tempos de menino e de adolescente, uma outra estrutura portuária em terra camarra : no sítio da Azinheira Velha (Telha), destinada a acolher, em regime de quase exclusividade, os navios da frota da Casa Bensaúde, que ali possuía uma seca de bacalhau. Essa tal estrutura (bastante rudimentar) encontrava-se no curso do Coina, não muito longe do sítio onde este rio desagua no Tejo. Num local onde foram construídos (durante o século XVI) alguns dos navios que participaram na gesta das Descobertas. Assinale-se também uma estacada na praia do Mexilhoeiro, onde chegaram a atracar barcos que fizeram a carreira (com passageiros e frete) para Lisboa

O HUMOR DE DANY BOON


Em França há os incondicionais de Dany Boon e há aqueles que o acusam de explorar uma veia cómica popularucha e sem grande génio. É uma questão de opinião. Eu cá, que não sou uma pessoa sofisticada, gostei de «Bienvenue Chez les Ch'tis» e, também, do mais recente «Rien à Déclarer»; porque são filmes despretenciosos, que não visam outro objectivo que não seja o de divertir cidadãos fartos do cinzentismo da sociedade em que vivem e que procuram evadir-se dela, nem que seja pelo espaço temporal de 2 horas. De apenas 2 horas !...
Aqui há tempos vi o primeiro destes filmes com legendas em português; e esforcei-me para esquecer que compreendia perfeitamente o linguajar original, fiando-me, exclusivamente, nas tais legendas. Que desastre ! -Definitivamente há humor que é intraduzível e que a tentativa para o transpor para outra língua e outra cultura é uma operação desastrosa. Acho que foi o que entenderam italianos e norte-americanos, que compraram os direitos de autor de «Bienvenue Chez les Ch'tis» e refizeram o filme nos respectivos países, com ingredientes próprios

sexta-feira, 29 de julho de 2011

TRÊS RAINHAS


No meio de uma corte de singelos malmequeres, três exuberantes rainhas...

O QUE APETECE COM ESTE CALOR...


O que apetece mesmo, com este calor infernal, é comer -no quintal- um bom e refrescante gaspacho...


...e uns grelhados como este...


...ou como este...


regados com uma boa sangria de vinho tinto, quase gelada...

É aproveitar agora rapaziada, porque para o ano talvez já não tenhamos a ocasião de o fazer. Por causa do dinheiro que nos vão roubar nos salários, no subsídio de Natal e nas reformas

OS FILMES DA MINHA VIDA (59)


«VENCER OU MORRER»

FICHA TÉCNICA
Título original : «Fort Dobbs»
Origem : E. U. A.
Género : Western
Realização : Gordon Douglas
Ano de estreia : 1957
Guião : Burt Kennedy e George W. George
Fotografia (p/b) : William H. Clothier
Música : Max Steiner
Montagem : Clarence Kolster
Produção : Martin Rackin
Distribuição : Warner Bros.
Duração : 93 minutos

FICHA ARTÍSTICA
Clint Walker ……………………………………………….. Gar Davis
Virginia Mayo ………………………………………………. Celia Gray
Brian Keith ………………………………………………….. Clett
Richard Eyer ……………………………………………….. Chad Gray
Russ Conway ………………………………………………..… o xerife de Largo
Michael Dante …………………………………………….. Billings
e outros actores não-creditados

SINOPSE
Acusado de ter assassinado um rival, Gar Davis é perseguido até ao limite do território dos Comanches por uma patrulha chefiada pelo xerife de Largo, uma modesta cidade do Faroeste.
Tendo ludibriado os seus perseguidores, ao encenar a sua própria morte com a ajuda do cadáver de um colono abatido pelos pele-vermelhas, Davis acaba por ir parar ao rancho da vítima dos Comanches, onde esta é esperada, em vão, pela mulher e pelo filho, uma criança de uns 10 anitos.
Como a região não é segura, Davis decide acompanhar Celia e o pequeno Chad Gray até Fort Dobbs, sede de uma unidade militar cuja guarnição assegura a livre circulação de pioneiros na famosa pista de Santa Fé. Celia, que ignorava a morte do marido, descobre na posse de Gar uma peça vestimentar manchada de sangue, que lhe pertencera, e deduz, precipitadamente, que o seu protector o matara por obscuras razões.
A tensão que reina entre os membros do ocasional trio vai agravar-se com o aparecimento de Clett, um traficante, que os salva de um ataque dos Comanches, graças à utilização de uma arma revolucionária : uma espingarda de repetição Henry. Mas, quando Clett, aproveitando-se da ausência momentânea de Gar, assedia Celia, as coisas azedam entre os dois homens e o traficante de armas é ‘aconselhado’ a abandonar o acampamento.
Cumprindo a sua promessa, Gar Davis deixa mãe e filho nas imediações de Fort Dobbs e prossegue o seu caminho. Acontece, porém, que a guarnição desse posto militar fora inteiramente massacrada pelos índios e que Gar se vê na necessidade de, também ele, ali se refugiar; ao mesmo tempo que para ali aflui toda a ameaçada população de Largo.
O xerife da localidade fica deveras surpreendido ao ver Davis (que ele já julgava morto) em Fort Dobbs, e diz-lhe para que se considere seu prisioneiro; embora lhe deixe as mãos livres, em razão dos ataques incessantes lançados pelos Comanches contra os improvisados defensores da fortaleza.
No momento em que o ânimo dos seus companheiros de infortúnio começa a esvair-se, Gar Davis oferece-se para ir pedir auxílio aos habitantes de Santa Fé. Mas, pelo caminho, Davis topa, de novo, com Clett e exige-lhe que ele coloque o seu ‘stock’ de armas à disposição dos sitiados. Perante a firme recusa do traficante (que conta obter substancial lucro com a venda desse material inovador), Gar afronta-o num duelo à pistola, do qual sai vencedor. As armas acabam por chegar a tempo às mãos da gente cercada em Fort Dobbs e por fazer a terrível demonstração da sua eficiência, desbaratando os Comanches.
O xerife informa Celia que, afinal, o seu marido fora vítima dos pele-vermelhas e aceita, como válidas, as explicações de Davis, que jura ter abatido o seu rival de Largo em estado de legítima defesa. Gar, Celia e o pequeno Chad separam-se dos sobreviventes de Fort Dobbs (que preparam o seu regresso a Largo) e tomam o rumo da próspera cidade de Santa Fé, onde vão encetar nova vida…

O MEU COMENTÁRIO
O entrecho de «Vencer ou Morrer» inspirou-se no romance «Backtrack», da autoria de George W. George, escritor que partilhou com Burt Kennedy as responsabilidades da sua adaptação cinematográfica.
«Vencer ou Morrer» é o primeiro western de Clint Walker. E é até o seu primeiro filme, se exceptuarmos o mais do que insignificante papel que lhe foi dado representar na monumental película «Os Dez Mandamentos», de Cecil B. DeMille.
Walker era ‘deputy-sheriff’ na cidade de Las Vegas, quando a sua atlética figura surpreendeu favoravelmente o já consagrado actor Van Johnson, que o aconselhou a procurar trabalho em Hollywood. Convencido de que os seus dotes físicos o poderiam servir na capital do cinema, Clint não se fez rogado e aceitou a sugestão. Clint Walker (talhado fisicamente, não haja dúvida, para os vastos horizontes do Oeste) participou em vários westerns, nomeadamente em mais duas obras assinadas por Gordon Douglas : «O Gigante do Oeste» (1959) e «O Tesouro das Sete Colinas» (1961). A sua fama adveio-lhe, no entanto, do facto de ter sido o herói de «Cheyenne», uma muito popular série da televisão.
O filme «Vencer ou Morrer» -inteiramente rodado em cenários naturais no fotogénico estado do Utah- apresenta-se como uma homenagem à espingarda de repetição Henry, de calibre 44, que foi uma das armas preferidas dos pioneiros do Faroeste. Tivessem sido eles caçadores profissionais, agentes da autoridade, vaqueiros ou simples cidadãos preocupados em assegurar a sua defesa (e a dos seus familiares) num território vastíssimo e muito pouco seguro. A câmara de munições da Henry 44 era abastecida com 15 cartuchos. Daí a escolha de espanhóis e brasileiros, que intitularam, respectivamente, esta película de Douglas «Quince Balas» e «O Rifle de Quinze Tiros», numa clara alusão ao potencial de fogo da espingarda em questão. Segundo as palavras engraçadas de uma das personagens da fita (Brian Keith, que, em «Vencer ou Morrer», interpreta o papel de Clett, o traficante armas), a Henry «é uma daquelas espingardas que se carrega ao domingo e que dispara o resto da semana». Chamo a atenção, para terminar, que outros westerns prestaram tributo a outras famosas armas de fogo implicadas na conquista do Oeste : «Winchester 73» (Mann, 1950), «Colt 45» (Marin, 1950), «Springfield Rifle» (de Toth, 1952) ou «Kentucky Rifle» (Hittleman, 1956), por exemplo.

(M.M.S.)


«Vencer ou Morrer» foi, simultaneamente, o primeiro western e o primeiro filme de Clint Walker. Isto, se 'esquecermos' uma passagem meteórica e quase anónima do actor pela supreprodução «Os Dez Mandamentos», de Cecil B. DeMille


Clint numa foto promocional do filme com Virginia Mayo, actriz já consagrada


Cartaz francês


O jovem actor Richard Eyer (no papel de Chad Gray) e Virginia Mayo (Celia) numa das cenas iniciais da película


Vistoso cartaz editado na Bélgica, país onde o filme conservou o título original


Sob a protecção de um carroção, Gar, Chad e Celia repelem um ataque dos Comanches


Cartaz espanhol


O traficante de armas Clett (Brian Keith) faz a corte a Celia, o que desagrada a Gar Davis (Walker)


Capa do DVD contendo cópia de «Vencer ou Morrer» editado nos E.U.A.

«CONTA ATÉ CINCO E MORRE», PROCURA-SE


Procuro, há muitos anos, uma cópia vídeo deste filme de espionagem. Recordo-me de o ter visto em Portugal, em finais da década de 50 ou no início dos anos 60. A 'Colecção Cinema' (ou similar) publicou (em Portugal) uma revista com a novelização desta fita britânica de espionagem, realizada -em 1957- pelo quase desconhecido cineasta (de origem russa) Victor Vicas. Apesar de não ser uma obra-prima, sinto uma enorme curiosidade em encontrar esta película e revê-la. Intitula-se, em francês, «Cinq Secondes à Vivre». Conta uma história parecida com a narrada no filme «O Homem que Nunca Existiu»




HOMENAGEM À GRAÇA


Roland Petit e Zizi Jeanmaire num elegante passo e dança. O ilustre bailarino e coreógrafo francês faleceu (em Genebra) no dia 10 deste mês, com a idade de 87 anos. A sua viúva (Roland e Zizi eram casados desde 1954) continua a desfrutar da vida. Esperemos que em boas condições e por mais alguns anos...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

PESCA MILAGROSA


Este alabote, que pesa mais de uma centena de quilos, foi capturado pelo pescador à linha que figura na 'photo-souvenir'. Se nos fiarmos na imagem, podemos afirmar que este belo exemplar foi pescado (imaginamos que com muito esforço) nas águas frias do Alasca. A este peixe foi dado o nome científico de 'Hippoglossus stenolepsis'. Certos indivíduos desta espécie podem atingir os 2,50 metros de comprimento e ultrapassar o peso de 300 kg. A sua carne, branca e deliciosa, tem elevado valor comercial

LONJURAS : STROMBOLI


Confesso que nunca pus os pés nas Lipari (ou Eólias), de cujo arquipélago faz parte a ilha vulcânica de Stromboli


Dessa ilha semidesértica, perdida no mar Tirreno, só conhecia as imagens agrestes oferecidas por um filme ali rodado em 1949 por Roberto Rossellini («Stromboli, Terra di Dio»), cuja personagem principal era protagonizada pela própria mulher do realizador, a grande e saudosa actriz Ingrid Bergman


Mas, em ano indeterminado da década de 80 (do século XX, obviamente), durante um voo Paris-Palermo, foi-me dado observar -com alguma nitidez, devido à já fraca altitude do Airbus que me transportava- a aridez dessa ilha e de outras, como Vulcano, por exemplo, que se caracterizavam pelo fumo expelido pelos respectivos vulcões. E eu achei aquilo lindo...


...embora nunca tenha visto o Stromboli assim, a cuspir poeiras e fogo como a imagem documenta. Stromboli é uma ilha com 12,2 km2 de superfície, onde os habitantes vivem em duas minúsculas aldeias : Ginostra e Stromboli. A população da ilha não ultrapassa as poucas centenas de almas (4 000 no verão, com os os visitantes), que vivem essencialmente da pesca e do turismo estival. Stromboli faz parte da província de Messina, à qual está ligada por transporte marítimo. A sua altitude culmina a 923 metros. Chamam-lhe, desde tempos remotos, o 'Farol do Mediterrâneo', devido à frequência das suas erupções vulcânicas

CORSÁRIOS ALEMÃES DA GRANDE GUERRA


Este magnífico veleiro é o «Seeadler». Foi um dos mais temíveis corsários da marinha de guerra alemã durante o 1º conflito generalizado. Fortemente armado, este navio disfarçava essa sua letal característica com uma camuflagem perfeita e com o uso (abusivo) de bandeiras de países neutros, insuspeitos de actos agressivos. Afundou numerosos e incautos navios das potências aliadas durante a guerra entre a Alemanha e os Impérios Centrais


Este outro corsário é um submarino, arma que constituíu um dos principais trunfos da Alemanha imperial na guerra naval. Aqui assiste-se à intercepção e à identificação de um veleiro; que só não é afundado, por pertencer ao reino da Noruega, país não-beligerante

OS FILMES DA MINHA VIDA (58)


«PINTORES E RAPARIGAS»

FICHA TÉCNICA
Título original : «Artists and Models»
Origem : E. U. A.
Género : Comédia
Realização : Frank Tashlin
Ano de estreia : 1955
Guião : Frank Tashlin, Hal Kanter e Herbert Baker
Fotografia (c) : Daniel L. Fapp
Música : Walter Scharf
Montagem : Warren Low
Produção : Hal B. Wallis
Distribuição : Paramount
Duração : 109 minutos

FICHA ARTÍSTICA
Jerry Lewis ……………………………………………. Eugene Fullstack
Dean Martin ……………………………………………. Rick Todd
Shirley Mac Laine ………………………………….. Bessie Sparrowbush
Dorothy Malone …………………………..….…….. Abigail Parker
Eddie Mayehoff ………………………………..……. Sr. Murdock
Eva Gabor ……………………………………..………….. Sonia
Anita Ekberg ……………………………………....…… Anita
George ‘Foghorn’ Winslow …………….……….. Richard Stilton
Jack Elam ………………………………………….………. Ivan
Kathleen Freeman .………………………………….. Sra. Milldoon

SINOPSE
Dois artistas (um pintor, o outro autor de histórias para crianças) decidem tentar a sua sorte na cidade de Nova Iorque, onde pensam alcançar o sucesso, que até então lhes tem sido negado. Ali chegados, eles vão integrar uma alegre comunidade de artistas e modelos.
Mas, Eugene, sujeito a pesadelos, pronuncia, durante o sono, frases e fórmulas estranhas e fala, ao mesmo tempo, de criaturas vampirescas e de uma estação interplanetária. As suas elucubrações acabam por despertar a curiosidade dos serviços secretos russos e a previsível reacção da contra-espionagem norte-americana, já que as fórmulas sonhadas por Eugene parecem corresponder aos dados de um foguetão cuja existência é ultra-confidencial.
Durante um animado baile de máscaras, os espiões do Leste tentam raptar Eugene, que adoptou um disfarce de ratinho. Mas, graças à atenção de Rick, de Bessie, de Abigail e dos serviços de segurança nacionais, essa acção vai gorar-se e a grande noite de festa dos artistas e modelos prossegue num ambiente dominado pelo canto e pela boa disposição.

O MEU COMENTÁRIO
«Pintores e Raparigas» foi um dos grandes sucessos da parelha cómica formada por Jerry Lewis e pelo ‘crooner’ Dean Martin. Duo que haveria de durar até à ruptura ocorrida em 1956, após a participação dos actores em 15 películas comuns. Bem dotada de meios técnicos e com um plantel de sonho, este filme revelou-se, desde logo, como um dos melhores dessa cooperação. Recordo-me do bom acolhimento que o filme recebeu no Portugal profundo, onde a sua projecção -nas salas e esplanadas dos cinemas de bairro- ainda continuava a atrair muito público, uns 5 ou 6 anos depois da sua estreia nos salões de Lisboa e do Porto. A isso não terá sido estranho a presença no elenco desta fita da Paramount de uma plêiade de moças tão atractivas (e tão ligeiramente vestidas) quanto Dorothy Malone -que aqui desempenha um dos principais papéis- Anita Ekberg ou Eva Gabor. Os ‘gags’ de Lewis (de quem se disse ter assumido responsabilidades, não-creditadas, na elaboração do guião) são excelentes, nomeadamente aquelas em que o actor presta indirecta, mas visível, homenagem a Charlie Chaplin e a Harpo Marx. É pena que esta comédia ainda não tenha encontrado, no nosso país, um editor de DVD’s que faculte uma cópia de qualidade ao público cinéfilo português; público desejoso de rever ou de descobrir um filme que marcou toda uma época do cinema cómico norte-americano.

(M.M.S.)


«Pintores e Raparigas» : as primeiras imagens do genérico prometim bonitas moças de pernas ao léu...


Dean Martin e Jerry Lewis colaboraram durante muitos anos; e dessa colaboração nasceram 15 películas, algumas delas bastante agradáveis


Cartaz promocional francês


Shirley Mac Laine fez parte do elenco desta fita de Frank Tashlin


Capa da cassete VHS do filme «Pintores e Raparigas» editada nos Estado Unidos


Cena romântica entre Dean Martin e Dorothy Malone


Cartaz italiano


Dorothy Malone e Jerry Lewis numa cena hilariante da película em apreço


Outro cartaz norte-americano de «Artists and Models»


Esta é uma das derradeiras imagens de um filme agradável e com muito humor. A não perder...

terça-feira, 26 de julho de 2011

GOMES DE SÁ E O FIEL AMIGO


O Bacalhau à Gomes de Sá é uma das grandes referências da nossa gastronomia. Sápido, aconchegante, a exigir a companhia de um copo de bom vinho, este prato convivial aparece, agora e por vezes, apresentado de forma menos tradicional pelos áses (estrelados ou não) da nova cozinha lusitana. Eu confesso que não vejo inconveniente nessa nova maneira de empratar o petisco inventado pelo ilustre portuense que lhe deu o nome. Espero é que a sofisticação da apresentação não lhe altere as qualidades gustativas. E quero acreditar que a transferência do Bacalhau à Gomes de Sá das mesas populares para távolas mais requintadas sirva para o promover a nível internacional. Se assim for, os incondicionais do 'fiel amigo' só têm que regozijar-se com a ideia e agradecer

«TOMBE LA NEIGE»


Tombe la neige
Tu ne viendras pas ce soir
Tombe la neige
Et mon coeur s'habille de noir
Ce soyeux cortège
Tout en larmes blanches
L'oiseau sur la branche
Pleure le sortilège

Tu ne viendras pas ce soir
Me crie mon désespoir
Mais tombe la neige
Impassible manège

Tombe la neige
Tu ne viendras pas ce soir
Tombe la neige
Tout est blanc de désespoir
Triste certitude
Le froid et l'absence
Cet odieux silence
Blanche solitude

Tu ne viendras pas ce soir
Me crie mon désespoir
Mais tombe la neige
Impassible manège

(Paroles et musique de Salvatore Adamo)

SAUDOSO «GAZELA I»


Por baixo de um céu que promete tempestade e sob o olhar do Cristo redentor, o «Gazela I» prepara-se para passar por baixo da ponte sobre o Tejo, que, ao tempo, ainda ostentava o nome do ditador que a mandou construir.

Ainda menino, conheci este lugre de três mastros que pertence, hoje, a uma instituição de Filadélfia. Lembro-me dele quando ainda era um navio de trabalho, que ia aos mares gélidos do Canadá e da Groenlândia buscar pescado para abastecer a seca de bacalhau da Telha, na Azinheira Velha, Barreiro. Eu morava mesmo ali ao lado, na agora chamada vila de Santo André, e recordo com muita saudade este navio, mas também os outros do armador Bensaúde : o «Hortense», o «Árgus» e o «Creoula»...

J. CARROL NAISH


O cinema hollywoodiano das décadas de 30, 40 e 50 (do século XX) produziu um grande número de estrelas. Mas, na sombra dessas vedetas trabalharam centenas de actores secundários, que ajudaram ao sucesso dos filmes em que participaram e que, com o correr dos tempos, acabaram também eles por ganhar protagonismo e algum prestígio. Um deles foi, indubitavelmente, J. Carrol Naish, cuja fisionomia de americano atípico o levou a representar muitos papéis ditos 'étnicos'. Vimo-lo, assim, encarnar a figura de personagens orientais, de sul-americanos e, sobretudo, de pele-vermelhas. Ei-lo aqui na comédia musical «A Rainha do Circo» («Annie Get Your Gun»), realizada em 1950 por George Sidney, onde Naish encarna a figura de Sitting Bull, o famoso chefe Sioux


J. Carrol Naish nasceu na cidade de Nova Iorque em 1897 e começou a representar quando ainda era criança. Faleceu na Califórnia, onde se fixara por razões profissionais, no ano de 1973


Este cartaz reproduz, numa atitude altiva, o actor no papel (mais uma vez) do histórico caudilho Sitting Bull. Esta fita, que, entre nós se intitulou «O Último Guerreiro» foi realizada, em 1954, por Sidney Salkow