segunda-feira, 28 de novembro de 2011

HOMENAGEM A JOÃO DA NOVA, MARINHEIRO GALEGO AO SERVIÇO DE PORTUGAL


João da Nova nasceu em Maceda, Ourense (Galiza), por volta de 1460. Os seus pais mandaram-no para Portugal quando ele era ainda menino, para o pouparem às guerras dos Irmandiños. Foi educado e formado na arte da marinharia em Lisboa, cidade da qual chegou a ser alcaide, por graça de el-rei D. Manuel I, que muito o estimava


Foi também o rei 'Venturoso' que, em 1501, lhe confiou o comando de uma armada composta por 5 naus e o mandou à Índia para comerciar especiarias e para participar nas guerras do Malabar


A 13 de Maio desse mesmo ano de 1501, João da Nova descobriu a ilha de Ascensão, hoje sob administração britânica. Um pouco mais tarde, durante a mesma navegação para a Índia, o capitão galego topou com a ilha de Santa Helena, para onde, três séculos decorridos, os Ingleses haveriam de desterrar Napoleão Bonaparte


Essas ilhas, sem grande importância económica, serviram de aguada aos navios portugueses durante algum tempo, nas suas longas carreiras para o Oriente


Belíssima praia da ilha João da Nova (4,4 km2 de superfície), situada no canal de Moçambique. O navegador galego descobriu-a também no ano de 1501, durante a sua movimentada e já referida viagem para a Índia. Esta ilha está, actualmente, sob administração francesa e depende do governo territorial da Reunião. A ilha não tem população permanente, a não ser uma guarnição de fuzileiros navais franceses e um 'gendarme', que protegem uma pista de aviação e uma estação de meteorologia ali existentes


João da Nova foi, reconhecidamente, um dos grandes capitães do Portugal de início do século XVI. No Oriente, participou das guerras que a gente lusa travou contra o Samorim de Calecute e fundou a feitoria portuguesa de Cananor. Depois de ter regressado ao Reino e de por cá ter passado um temporada, o intérprete navegador galego voltou -em 1505- à Índia na companhia de D. Francisco de Almeida. Sabe-se que, em 1506, capitaneou a poderosa nau «Flor de la Mar», que chegou a ser o maior navio do seu tempo. Teve desentendimentos com Afonso de Albuquerque, que o chegou a mandar prender, ao que parece, por actos de rebelião. Mas o 'Leão do Oriente' acabou por reabilitá-lo depois de João da Nova se ter comportado com singular valentia no ataque a Mascate (Omã). Este intrépido capitão originário da Galiza faleceu em Cochim (na Índia) em 1509, quando teria uns 50 anos de idade. Afonso de Albuquerque esteve no seu enterro, ao qual assistiu «com sinais de grande sentimento»

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