sexta-feira, 30 de março de 2012

«VOYAGE TO THE BOTTOM OF THE SEA»


Desconheço se esta série televisiva de tema futurista chegou a ser exibida em Portugal e com que título. No Brasil chamou-se «Viagem ao Fundo do Mar». A série em questão foi inspirada por uma longa metragem -com o mesmo título original- produzida pela 20th.Century Fox e realizada por Irwin Allen em 1961...


...Essa fita -cujo cartaz aqui fica reproduzido na capa de um DVD- obteve um largo sucesso junto do público norte-americano (muito especialmente), admirativo perante as proezas do «Seaview», um submarino atómico, e da sua tripulação de cientistas; que (no decorrer de cada episódio semanal), viviam inauditas aventuras desenroladas nas profundezas dos oceanos...


A série teve 110 episódios (com cerca de 60 minutos de duração cada um deles) distribuídos por quatro temporadas e era interpretada por actores como Richard Basehart, David Hedison, Bob Dowdell, Henry Kully, Terry Becker, etc. A estreia fez-se na rede ABC no dia 14 de Setembro de 1964 e prolongou-se até 31 de Março de 1968


Nos 'states' já toda a série foi editada em DVD. Mas, em certos países da Europa (no Reino Unido e em França, por exemplo), também já estão disponíveis as primeiras temporadas


A série foi tão popular nos Estados Unidos da América, que os seus engenhos futuristas chegaram a ser reproduzidos por marcas de 'kits'. Este modelo representa o formidável submarino nuclear «Seavieuw»...


...e este o engenho 'Flying Sub', que, como o seu nome indica, podia voar e, também, mergulhar nos abismos oceânicos. Curiosidade : segundo o guião, a acção desta série TV desenrolava-se por volta de 1983, quer dizer uns 20 anos após a época em que foi efectivamente rodado o primeiro episódio. Tive a ocasião de ver alguns deles em França (ou na Bélgica ?), onde a série se intitulou «Voyages au Fond de la Mer»

TRANSPORTES DO TEJO NOS ANOS 50


Esta velha fotografia mostra (em segundo plano) o vapor «Alentejo» da carreira Terreiro do Paço-Barreiro. Este barco, aqui atracado na estação fluvial do Sul e Sueste, distinguia-se do seu gémeo «Trás-os-Montes» pela banda branca que envolvia a sua fumegante chaminé. Este vosso nostálgico criado utilizou-o, vezes sem conta, na travessia do Tejo, quando esses vapores da C.P. (mái-lo «Évora») eram os únicos meios que asseguravam a ligação entre a então chamada 'Vila Operária' e a capital.
Em primeiro plano, atracados no Cais das Colunas, podem observar-se dois pequenos e anónimos cacilheiros, destinados às travessias (mais curtas) para a localidade que lhes deu o nome.
Repare-se, também, na grande quantidade de fragatas e varinos que, ainda então, sulcavam as águas do chamado Mar da Palha, e asseguravam o transporte de diversas mercadorias...

OS OLHOS TAMBÉM COMEM


'Mousse' de toranja rosada, gomos do msmo fruto, gambas, ervas aromáticas...


Gomo de toranja, creme de abacate, gambas...


'Risotto', gomos de toranja rosa, raspa confitada de citrinos, sumo...


Rodelas de laranja, morangos, bagos de romã, canela...

LE BONHEUR... DE PAUL FORT


«LE BONHEUR EST DANS LE PRÉ»

Le bonheur est dans le pré, cours-y vite, cours-y vite.
Le bonheur est dans le pré, cours-y vite. Il va filer.

Si tu veux le rattraper, cours-y vite, cours-y vite.
Si tu veux le rattraper, cours-y vite. Il va filer.

Dans l'ache et le serpolet, cours-y vite, cours-y vite.
Dans l'ache et le serpolet, cours-y vite. Il va filer.

Sur les cornes du bélier, cours-y vite, cours-y vite.
Sur les cornes du bélier, cours-y vite. Il va filer.

Sur le flot du sourcelet, cours-y vite, cours-y vite.
Sur le flot du sourcelet, cours-y vite. Il va filer.

De pommier en cerisier, cours-y vite, cours-y vite.
De pommier en cerisier, cours-y vite. Il va filer.

Saute par-dessus la haie, cours-y vite, cours-y vite.
Saute par-dessus la haie, cours-y vite ! Il a filé !



Paul Fort (1872-1960)

quinta-feira, 29 de março de 2012

OS FILMES DA MINHA VIDA (101)


«O COMBOIO DO INFERNO»

FICHA TÉCNICA
Título original : «Breakheart Pass»
Origem : E . U. A.
Género : Western
Realização : Tom Gries
Ano de estreia : 1975
Guião : Alistair MacLean
Fotografia (c) : Lucien Ballard
Música : Jerry Goldsmith
Montagem : Byron ‘Buzz’ Brandt
Produção : Jerry Gershwin e Elliot Kastner
Distribuição : United Artists
Duração : 91 minutos

FICHA ARTÍSTICA
Charles Bronson ………………………………….. John Deakin
Ben Johnson …………………………………………. Nathan Pearce
Richard Crenna …………………………………….. governador Fairchild
Jill Ireland ……………………………………………. Marica
Charles Durning ……………………………………. Frank O’Brien
Ed Lauter ………………………………………………. major Claremont
Davis Huddleston …………………………………. doutor Molyneux
Robert Tessier ……………………………………... Sepp Calhoun
Bill McKinney …………………………………………. reverendo Peabody
Roy Jenson …………………………………………….. Chris Banton

SINOPSE
Está-se no Oeste americano, no ano de 1873. O major Claremont, da cavalaria dos Estados Unidos, foi indigitado pelas autoridades federais para chefiar uma unidade composta por 70 militares, que deverá render a guarnição de Fort Himboltd, um posto militar implantado numa isolada região aurífera do Nevada.
A tropa, que viaja num comboio especial na companhia do governador Fairchild, da bela Marica (sua noiva), de um médico e de um pastor da igreja protestante, faz uma breve paragem na estação ferroviária de Myrtle.
É ali que embarcam o 'marshal' Nathan Pearce e um enigmático prisioneiro de direito comum, que respone pelo nome de John Deakin. É igualmente em Myrtle que desaparecem misteriosamente dois oficiais subalternos, após terem tomado conhecimento do teor de uma mensagem cifrada, proveniente do longínquo Fort Humboltd.
Durante a longa e acidentada viagem, quando as mortes suspeitas se sucedem a uma cadência infernal, o major descobre na pessoa de Deakin -que se revela ser, afinal, um agente dos serviços secretos federais- um inesperado e precioso aliado.
Ambos vão contrariar os planos urdidos por uma bem organizada quadrilha, que lograra neutralizar a guarnição de Fort Humboltd e sublevar os índios Paiutes, com o intuito de tirar proveito do tráfico de armas e de se apoderar do ouro extraído, em profusão, das minas do Nevada.

O MEU COMENTÁRIO
Curioso filme este, que mistura (de maneira astuciosa, diga-se de passagem) a intriga das fitas policiais à acção própria dos westerns de boa factura.
O grande escritor (e guionista ocasional Alistair MacLean), que já nos oferecera o palpitante entrecho do filme de guerra «Os Canhões de Navarone» (realizado em 1960 por J. L. Thompson), «tece, aqui, com muita habilidade, a teia de diversas histórias paralelas. O 'suspense' reina neste western sumptuosamente fotografado por Lucien Ballard» (dixit André Moreau, in «Télérama»).
É verdade que, apesar da história se achar, quase toda ela, confinada no reduzido espaço de uma composição ferroviária, o supracitado Lucien Ballard -um dos mais prestigiosos mestres hollywoodianos da imagem fotográfica- ainda teve a ocasião de nos oferecer algumas belíssimas estampas da paisagem circundante : torrentes caudalosas, montanhas nevadas, florestas verdejantes, desfiladeiros vertiginosos; enfim, um condensado do que o Oeste americano tem de melhor para nos apresentar a nível visual.
Este filme, diferente da produção habitual do género, constituirá, disso não tenho dúvidas, uma agradável surpresa para os cinéfilos que ainda não conhecem Tom Gries, o seu realizador. Para os demais, para aqueles que já haviam desfrutado dos seus outros westerns (o muito violento e erótico «100 Armas ao Sol» e, sobretudo, o intimista e nostálgico «Will Penny»), esta fita vem confirmar apenas o seguinte : tivesse este realizador surgido no panorama cinematográfico norte-americano uma quinzena de anos antes, quando a produção de westerns ainda não declinara, e teríamos nele, em Tom Gries, um dos seus grandes mestres.
Note-se, em «O Comboio do Inferno», a participação do actor fordiano Ben Johnson e a graciosa presença de Jill Ireland, a própria esposa do actor principal : Charles Bronson. E saiba-se, por ser curioso, que o romance de Alistair MacLean que serviu de base ao argumento desta película, foi publicado em Portugal pelas edições Europa-América (integrado numa colecção inteiramente consagrada à literatura western) com o título «O Desfiladeiro Fatal».

(M.M.S.)


Cartaz alemão


Charles Bronson participa, nesta película de Tom Gries, num dos numerosos westerns da sua carreira


Um comboio militar avança na direcção de Fort Humboltd, nos confins do território do Nevada...


Cartaz francês


O comboio especial para Fort Humboltd faz uma breve paragem em Myrtle, localidade onde desaparecem os primeiros militares da unidade comandada pelo major Claremont...


Marica (Jill Ireland) é uma das passageiras civis do comboio militar. Esse privilégio é-lhe concedido pelo facto de ser noiva do governador Fairchild e filha do comandante da guarnição de Fort Humboltd


Cartaz espanhol


Os incidentes repetem-se no trajecto para Fort Humboltd. Aqui, os carris foram danificados com o intuito de atrasar a marcha da composição ferroviária...


Outro cartaz norte-americano


Estranhas cumplicidades...


Capa do meu DVD com cópia do filme em apreço. Excelente compra efectuada em Espanha, já que a gravação respeita o formato cinematográfico de origem e oferece várias opções linguísticas, entre as quais -além do inglês e do astelhano- figuram o francês, o italiano e o alemão. Infelizmente (não há bela sem senão) a cópia não está legendada em português


John Deakin (Charles Bronson), o suposto prisioneiro de crimes comuns, é, afinal, um agente secreto federal; e vai ajudar a clarificar uma situação complicadíssima com ramificações no tráfico ilegal de armas e de ouro

OS CETÁCEOS DA BAÍA DA ILHA GRANDE


A Baía da Ilha Grande é uma porção do litoral do estado do Rio de Janeiro (no qual se situam, entre outras, as cidades de Paraty e de Angra dos Reis) visitada por grande variedade de cetáceos


As autoridades e os movimentos ecologistas locais mandaram imprimir este cartaz com o intuito de dar a conhecer as diferentes espécies que ali acorrem; isto, com o intento de proteger essa fauna ameaçada ou em vias de extinção. Aplausos para esta boa e útil iniciativa

CLAUDE MONET E OS COMBOIOS


Claude Monet (1840-1926) gostava de comboios, engenhos a vapor (no seu tempo) que lhe inspiraram várias telas


Como esta, que pintou em 1877, intitulada «La Gare Saint Lazare : Arrivée d'un Train»...


...ou como esta, datada do mesmo ano e executada no mesmo local, a que chamou «La Gare Saint Lazare : Ligne de Normandie»

'MELISSA OFFICINALIS'


A erva-cidreira (também chamada, em Portugal, citronela pequena, melissa, chá-da-França) é uma planta muito comum no sul do nosso país, onde é utilizada na elaboração de infusões. Atribuem-se-lhe virtudes digestivas, antinevrálgicas e calmantes e diz-se do 'chá' de erva-cidreira que é óptimo para curar ou prevenir enxaquecas, constipações, insónias, náuseas, cólicas, etc, etc. É uma planta perene herbácea da família da hortelã, mas com um acentuado aroma de limão. Tira-se das suas folhas um óleo essencial do grupo dos terpenos. Dá-se muito bem na minha terra, onde o seu cultivo (em vasos ou em canteiros) é fácil. O botânico sueco Lineu deu-lhe o nome de Melissa officinalis'


A erva-cidreira é fácil de cultivar em vasos e medra sem que se lhe prodiguem grandes cuidados. Basta-lhe uma boa terra, sol e água


Diz-se que uma chávena de 'chá' de melissa antes de deitar proporciona uma noite calma, sem sobressaltos

MILLÔR FERNANDES DEIXOU-NOS...


Faleceu no passado dia 27 de Março, na sua cidade natal do Rio de Janeiro, o humorista (mas também cartoonista, pensador, tradutor, poeta, prosador, dramaturgo, etc, etc) Millôr Fernandes. Tinha 88 anos de idade e chamou-se, de seu nome verdadeiro e completo, Milton Viola Fernandes. Lembro-me de ter adquirido (quando ainda era jovem) um livrinho com as suas célebres e deliciosas citações. Nunca mais esqueci algumas delas, como a seguinte : «A minhoca é um absurdo; não tem pés nem cabeça». Observador atento da sociedade brasileira, Millôr sentenciou nos tempos de Collor de Mello (presidente da república destituído por corrupção) : «Roube ainda hoje ! Amanhã pode ser ilegal». Vamor ter muitas saudades deste espírito fino, dotado de um humor impagável



Aqui deixo mais algumas citações do inesquecível Millôr :

«A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades»

«O melhor movimento feminino ainda é o dos quadris»

«Ser pobre não é crime, mas ajuda muito a chegar lá»

«Entre o riso e as lágrimas há apenas o nariz»

«Viva o Brasil
Onde o ano inteiro
É primeiro de Abril»

«Errar é humano. Botar a culpa nos outros também»

«O futebol é o ópio do povo e o narcotráfico da imprensa»

«A diferença entre a galinha e o politico é que o político cacareja e não bota ovo»

terça-feira, 27 de março de 2012

O VORAZ PAPAGAIO-DO-MAR


A voracidade do papagaio-do-mar ('Fratercula comiculata') está bem patente nestas duas fotos


Excelente mergulhador, esta ave marinha é capaz de capturar uma boa dezena de peixes numa só incursão nas águas frias do Atlântico

GULODICES ALENTEJANAS


Os irresistíveis rebuçados de ovo de Portalegre. Por fora...


...e por dentro. A Páscoa é o momento ideal para descobrir este autêntico tesouro da nossa doçaria conventual. Os rebuçados de ovo de Portalegre vendem-se nas lojas selectas da especialidade, mas também podem encomendar-se pela net

O EXOTISMO AQUI TÃO PERTO...


A maioria dos Portugueses não se dá conta de que os nossos vizinhos mais próximos (depois dos Espanhóis, obviamente) moram em Marrocos; a meia dúzia de passos (passe o termo) das costas algarvias e madeirenses...


E parece não ter percebido, também, que o reino de Mohammed VI é uma terra de turismo fabulosa, que oferece ao visitante um espólio artístico-monumental ímpar; como este que a foto ilustra e que se pode admirar em Ouarzazate, no sul do país...


A lusa gente parece ignorar que essa grande nação do norte de África, que é Marrocos (com a qual nós partilhamos momentos importantes da História), tem para oferecer paisagens tão distintas como esta nevada floresta de cedros do Atlas...


...como desertos escaldantes (e todavia belos) como o Erg Chebbi...


...ou como a cosmopolita praia de Agadir


E, talvez também ignorem os Portugueses, que a gastronomia magrebina oferece pitéus tão apetitosos como o é esta 'tagine' de borrego com legumes e frutos secos...

Ninguém me encomendou o sermão, mas a verdade é que, às vezes, os Portugueses vão procurar bem longe daqui aquilo que têm à mão e semear

domingo, 25 de março de 2012

OS FILMES DA MINHA VIDA (100)


«O ÚLTIMO PISTOLEIRO»

FICHA TÉCNICA
Título original : «The Last of the Fast Guns»
Origem : E . U. A.
Género : Western
Realização : George Sherman
Ano de estreia : 1958
Guião : David P. Harmon
Fotografia (c) : Alex Phillips
Música : Joseph Gershenson
Montagem : Patrick McCormack
Produção : Howard Christie
Distribuição : Universal International
Duração : 85 minutos

FICHA ARTÍSTICA
Jock Mahoney ………………………………….. Brad Ellison
Gilbert Roland ………………………………… Miles Lang
Linda Cristal …………………………………. Maria O’Reilly
Eduard Franx ………………………………….. padre José
Lorne Greene ………………………………….. Michael O’Reilly
Carl Benton Reid …………………………… John Forbes
Edward Platt ……………………………………. Samuel Grypton
Eduardo Noriega ……………………………… Córdoba
George Trevino ………………………………… Manuel
Lee Morgan ……………………………………….. Johnny Ringo

SINOPSE
Mediante o pagamento da aliciante recompensa de 25 000 dólares, o pistoleiro Brad Ellison aceita cumprir uma singular missão a favor do milionário (deficiente físico e doente) John Forbes : localizar, vivo ou morto, o seu irmão Edward, misteriosamente desaparecido em território mexicano.
Mas a tarefa de Brad complica-se devido ao mutismo generalizado da população local e às tentativas de dissuação por parte de alguns americanos residentes no México, tais como o poderoso rancheiro Michael O'Reilly, a sua atraente filha Maria e, também, como o benemérito padre José, que -nas agrestes montanhas do norte do país- vive como um eremita.
Apesar de toda essa gente pretender que o indivíduo procurado está morto e enterrado numa região inacessível da região, Brad convence o seu novo amigo Miles Lang e o bom padre José a acompanhá-lo numa expedição, que será a sua derradeira tentativa para encontrar Edward Forbes; ou então os despojos que provem, de maneira irrefutável, a sua morte física. Condições que lhe permitirão encaixar o valioso prémio prometido pelo irmão do desaparecido.
Miles, que até então manifestara um certo desinteresse e distanciamento em relação ao caso, acaba, no entanto, por revelar-se como o agente contratado pelo sócio de John Forbes para localizar e matar Edward, já que o seu patrão ambiciona apoderar-se, sozinho, da fortuna comum. E, tendo Miles descoberto que o padre José e Edward Forbes são, afinal, uma e a mesma pessoa, rapta o sacerdote e prepara-se para o executar friamente, quando a população local o persegue e o obriga a largar a sua indefesa presa. Maria, que fora involuntariamente arrastada para esta aventura e que recebera ferimentos causados pelos disparos de Miles, é socorrida por Brad Ellison; que se lança imediadamente na peugada do seu pretenso amigo e o abate no decorrer de uma feroz troca de tiros...

O MEU COMENTÁRIO
«O Último Pistoleiro» (recentemente editado em DVD, em França) é um western agradável, cuja acção se desenrola nas exóticas paisagens do norte do México, onde a fita foi, efectivamente, rodada. Daí ter esta obra de Sherman um certo 'ar de família' com «O Jardim do Diabo», película realizada em 1954 por Henry Hathaway, nessa mesma região.
A vedeta principal desta produção dos estúdios Universal é Jock Mahoney, atlético actor que iniciou a sua carreira em Hollywood como duplo, tendo chegado a substituir -no decorrer de sequências mais ou menos perigosas- actores como Errol Flynn ou John Wayne. Por outro lado, Mahoney apresenta também a particularidade de ter sucedido a Gordon Scott na protagonização de Tarzan, o famoso homem-macaco dos écrãs.
Gilbert Roland (um cidadão mexicano falecido em 1994, cujo verdadeiro nome foi Luis Antonio Dámaso Alonso), começou a sua vida profissional na chamada Meca do Cinema em 1925 e participou em mais de uma centena de longas metragens. No género western (o genuíno), vimo-lo em dezenas de obras, entre 1927 («Rose of the Golden West») e 1964 («O Grande Combate»); mas, igualmente, em numerosas produções italo-castelhanas e em inúmeros telefilmes e episódios de séries televisivas. O seu derradeiro trabalho foi, aliás, um híbrido (produzido, simultaneamente, para a TV e para o cinema) intitulado «Barbarosa», realizado, em 1982, por Fred Schepisi.
Para terminar este comentário, chamo a atenção para o genérico desta fita de Sherman, que contém, entre outros, os nomes de Lone Greene (o papá Cartwright, da popular série de televisão «Bonanza») e de Linda Cristal, que, entre outros trabalhos, deu corpo e voz à bela senhora Victoria Sebastián Cannon, na não menos estimada série western «Grande Chaparral», produzida, também ela, para a cadeia NBC.

(M.M.S.)


Brad Ellison (Jock Mahoney) encontra no México, durante a sua monótona viagem, alguns colegas de ofício, procurados pela polícia dos Estados Unidos; e, embora já não partilhe o seu modo de vida, não desdenha conversar com os aventureiros


Dois bandidos mexicanos tentam roubar o solitário cavaleiro gringo. Brad Ellison, exímio pistoleiro, abate-os sem remissão


Cartaz francês


A acção de «O Último Pistoleiro» desenrola-se para lá da fronteira do rio Grande, no norte do México


Maria O'Reilly (Linda Cristal), Michael O'Reilly (Lorne Greene) e Brad Ellison (Jock Mahoney) travam conhecimento


Cartaz belga


No magnífico pátio da 'hacienda' dos O'Reilly : discussão entre quatro personagens deste filme de George Sherman


Brad (Jock Mahoney) conversa com Miles (Gilbert Roland), que ele pensa ser um verdadeiro amigo


DVD com cópia de «O Último Pistoleiro», editado há poucas semanas em França


Fim inglório de um assassino e falso amigo