domingo, 27 de maio de 2012

PUBLICIDADE FALACIOSA

Este cartaz promocional do filme «O Comboio Apitou Três Vezes» (que eu presumo ter sido editado muitos anos depois da estreia, em 1952, deste famoso western de Fred Zinneman) é de origem italiana. É totalmente enganador, porque, como se pode ver, coloca o actor Lee Van Cleef no mesmo plano que as vedetas desta famosa fita, que são Gary Cooper e Grace Kelly. Lee Van Cleef tem em «High Noon» um papel secundaríssimo (para não dizer insignificante, o que até seria mais justo) e esta situação deverá ter a ver com uma reposição da película em causa, num tempo em que Cleef já havia conquistado (nem eu sei bem porquê !) o estatuto de 'star'. Em Itália, precisamente, graças aos 'western-spaghetti'. Que eu, confesso, detesto muito especialmente. Outra coisa que me choca são as silhuetas de John Wayne e de Jeffrey Hunter (que não têm nada, mas mesmo nada a ver com «O Comboio Apitou Três Vezes»), que aparecem no canto inferior direito do cartaz. A imagem em questão pertence à obra-prima de John Ford «A Desaparecida» («The Searchers»), realizada em 1956...

'ZEBRASOMA FLAVESCENS'


Muito apreciado pelos colecionadores de peixes exóticos (de água salgada), o 'Zebrasoma flavescens', ou cirurgião-amarelo, pertence à família dos Acanthuridae e é originário dos mares que envolvem as ilhas Hawai. Conhecido nos países de língua inglesa pelo nome de Yellow Tang, este peixe alimenta-se de algas e de minúsculas partículas em suspensão. O macho (que é, geralmente, de maior porte do que a fêmea) mede até 20 cm de comprimento e uns 2 cm de espessura. Curiosamente, o cirurgião-amarelo pode deslocar-se em marcha atrás e tem um ferrão na cauda, que não hesita utilizar em sua defesa. Outra curiosidade apresentada por este bonito peixe do oceano Pacífico é o facto da sua cor amarela, de um vivo intenso durante o dia, se desvanecer com a chegada da noite...

DUAS FITAS HÁ MUITO DESEJADAS

Esta semana que passou reservou-me duas agradáveis supresas, ao proporcionar-me a aquisição de dois DVD's com cópias de filmes que eu há muito tempo procurava. O primeiro desses filmes intitula-se «NORMANDIE-NIÉMEN» e conta-nos, com algum rigor, a odisseia de um grupo de aviadores franceses que, nos anos 40 do século passado sairam clandestinamente do seu país para irem combater -nos céus da União Soviética- a aviação militar hitleriana; contra as quais esses pilotos de caça alcançaram cerca de 200 brilhantes vitórias em combate aéreo. Lembro-me de ter visto esta película na TV francesa há mais de 30 anos (creio que no quadro de uma excelente emissão chamada 'Les Dossiers de l'Écran') e de ter procurado adquiri-la (sem sucesso) logo que surgiu a possibilidade, para os particulares, de coleccionar cópias (VHS) dos seus filmes preferidos. Com essa intenção (sempre gorada) cheguei até a dirigir-me ao museu consagrado à esquadrilha 'Normandie-Niémen' que funciona na pequena cidade normanda de Les Andelys... Estou, pois, muito contente de ter visto, de novo, esse clássico do filme de aviação, que a editora Gaumont (ligada à produtora do mesmo nome) nos oferece agora numa cópia perfeitamente restaurada

O segundo filme que agora me chegou às mãos (e que eu nunca vira, mas que procurava ardentemente por ser um admirador incondicional de Pietro Germi, o seu realizador) é «SEDUZIDA E ABANDONADA» («Sedotta e Abbandonata»), uma saborosa tragicomédia italiana, com acção centrada na Sicília de meados do século passado. Trata-se de uma história de costumes, cuja personagem central é a jovem Agnese (Stefania Sandrelli), 'desonrada' por Peppino (Aldo Puglisi), seu futuro cunhado. Que é, como mandava o código de honra local, intimado a interromper o seu noivado com a mana de Agnese e a desposar a donzela ofendida pelo patriarca Vincenzo Ascalone (Saro Urzi), o pai das duas moças. Adorei este filme, que se inscreve, pelo tom, na linha do inesquecível «Divórcio à Italiana» e de outras famosas fitas italianas da época

LEMBRANDO DIOGO GOMES, NAVEGADOR PORTUGUÊS DO SÉCULO XV



Este moço de câmara da casa do Infante D. Henrique distinguiu-se pelas suas navegações no oceano Atlântico (foi um dos co-descobridores do arquipélago de Cabo Verde) e ao longo das costas ocidentais da África, tendo explorado vários cursos de água, tais como os rios Geba, Gâmbia, Salum e territórios vizinhos. Marinheiro e soldado, participou (ao lado de Gil Eanes e de Lançarote de Freitas) na expedição militar à ilha de Tider, que ocorreu no ano de 1445. Ocupou altos cargos no aparelho de estado, sendo escrivão da carreagem real, almoxarife da vila de Sintra, responsável das Coutadas, Caças e Montarias e juiz das Sisas de Colares. Diogo Gomes também foi escudeiro de el-rei D. Afonso V, que muito o estimava e o armou cavaleiro. Parece ter falecido por volta de 1502. Diogo Gomes foi uma das figuras de proa do período inicial das Descobertas, mas é, hoje, praticamente desconhecido dos Portugueses; que, infelizmente, não cultivam o gosto pela História Pátria.
Esta estátua representando o navegador Diogo Gomes ergue-se num recanto da cidade da Praia (República de Cabo Verde), junto ao mar
Mapa ilustrando a rota de uma das viagens à costa de África de Diogo Gomes. Parece que, no decorrer desta expedição, o navegador comandou uma frota de três navios. O texto intitulado «De prima inuetione Guinee», encontrado em meados do século XIX, por J. A. Schmeller, na Biblioteca Nacional de Munique, e que está associado à figura de Diogo Gomes, é um dos testemunhos promordiais sobre as primeiras explorações portuguesas do litoral africano

sábado, 26 de maio de 2012

O MELHOR PARA A POLÍCIA


Nos anos 50 (quando eu era menino) a Ford promovia assim um dos modelos de sua produção, apresentando-o como o «favorito para os serviços de polícia»...

OS FILMES DA MINHA VIDA (108)

«AS ASAS DO GAVIÃO»




FICHA TÉCNICA

Título original : «Wings of the Hawk»

Origem : E. U. A.

Género : Aventuras

Realização : Budd Boetticher

Ano de estreia : 1953

Guião : James E. Moser

Fotografia (c) : Clifford Stine

Música : Frank Skinner

Montagem : Russell Schoengarth

Produção : Aaron Rosenberg

Distribuição : Universal International

Duração : 81 minutos



FICHA ARTÍSTICA

Van Heflin …………………………………………… Irish Gallagher

Julia Adams ……………………………………….. Raquel Noriega

Abbe Lane …………………………………………… Elena

George Dolenz ……………………………………. coronel Ruiz

Noah Beery …………………………………………. Orozco

Antonio Moreno ………………………………….. padre Perez

Pedro Gonzalez Gonzalez ………………….. Tomas

Rodolfo Acosta ……………………………………. Arturo

Paul Fierro ……………………………………………. Carlos

Mário Siletti ………………………………………… Marco

Rico Alaniz ……………………………………………. capitão Gomez

Ricardo Alba …………………………………………. Ramon



SINOPSE

Estamos no norte do México em 1911, em plena revolução contra o governo central. O coronel Ruiz –governador militar da região- apodera-se de uma mina de ouro descoberta e explorada pelo engenheiro e geólogo Irish Gallagher. Este consegue escapar com vida da armadilha preparada pelo militar que o despojou da sua propriedade e junta-se (involuntariamente) a um grupo de guerrilheiros que combatem a tirania do poder estabelecido.

Pelos lindos olhos de Raquel Noriega, que faz parte da guerrilha e quer vingar a morte de seus pais, assassinados por Ruiz, o irlando-americano Gallagher envolve-se com os insurrectos, que ele vai ajudar a comprar armas de contrabando nos Estados Unidos; armas que vão tornar-se decisivas na luta vitoriosa que os ‘peones’ travam pela sua própria liberdade.

Depois do terrível combate final, que se salda com a morte do coronel Ruiz e com a derrota total dos seus subordinados, Gallagher pode consagrar-se à conquista do coração de Raquel, que parece corresponder ao seu amor…



O MEU COMENTÁRIO

Este filmezinho de Budd Boetticher foi rodado (não no México, mas em Corriganville e em Burro Flats, na Califórnia) segundo o processo 3D, muito em voga na Hollywood de meados do passado século. «As Asas do Gavião», apesar de se ver sem desprazer, está longe, muito longe, de ser uma das boas películas dirigidas –nos anos 50 do passado século- por Boetticher; que era um profundo conhecedor da História e da cultura do México, país onde ele viveu alguns anos.

Confesso que, durante muitos anos, esperei poder ver esta fita e que -depois de a ter videovisualizado (passe o palavrão) aqui há uns dias- fiquei um tanto ou quanto decepcionado. Porque, como já acima referi, não encontrei nele nem a grande qualidade, nem o charme de películas como «Emboscada Fatal» ou «Sete Homens para Matar», westerns que contam entre os melhores filmes realizados por Boetticher e que fazem parte dos meus filmes de referência.

O DVD desta obra menor do seu director foi agora editado na Europa, mais precisamente em França, pela firma Sidonis-Calysta; editora que tem publicado o essencial da obra de Boetticher. O DVD em questão oferece a versão original e legendagem em língua francesa, para além de interessantes extras, que, neste caso, incluem um comentário de Patrick Brion e o documentário «Les Années Arruza», com duração de 52 minutos.

(M.M.S.)

Outro belo cartaz norte-americano de «As Asas do Gavião»
O coronel Ruiz (George Dolens, à direita) vai propor a Irish Gallagher (Van Heflin) um negócio inaceitável
Há muito esperado pelos admiradores da obra de Budd Boetticher, o filme «As Asas do Gavião» foi agora editado em DVD em França
Depois de despojado da sua mina de ouro, Gallagher (Heflin) vai pactuar com os inimigos do seu inimigo : o poderoso e odiado coronel Ruiz
Capa de uma das primeiras cassetes VHS (editada nos 'states') com cópia desta fita
Irish Gallagher (Van Heflin) aplica um penso no ferimento (feito por bala) da bela Raquel Noriega (Julia Adams)
Afrontando com coragem o inimigo comum, Irish e Raquel vão aprender a conhecer-se, a estimar-se, a amar-se...
Raquel Noriega (Julia Adams) é uma corajosa guerrilheira com contas a ajustar com o infâme coronel Ruiz; que lhe matou os pais e tomou a sua irmã como amante
Julia Adams numa sugestiva cena do filme «As Asas do Gavião»
Budd Boetticher foi um emérito realizador de fitas de série B. Algumas delas, sobretudo westerns de grande qualidade, tornaram-se clássicos do cinema americano

sexta-feira, 25 de maio de 2012

AS MINHAS CANÇÕES FAVORITAS



CHAÎNE LIÈGE

Adossé à un chêne liège,

Je descendais quelques arpèges

En priant Dieu, Bouddha que sais-je,

Est ce que tu penses à nous un peu.



Le monde est aux mains de stratèges

Costume noir, cravate beige

Ou turban blanc comme la neige

Qui jouent de bien drôles de jeux.



Il y a dans nos attelages

Des gens de raison, de courage,

Dans tous les camps de tous les âges

Dont le seul rêve est d'être heureux.



On a dressé des cathédrales,

Des flèches à toucher les étoiles,

Dit des prières monumentales,

Qu'est- ce qu'on pouvait faire de mieux.



Etes vous là, êtes vous proche

Ou trop loin pour entendre nos cloches

Ou gardez vous les mains dans les poches

Ou est-ce vos larmes quand il pleut.



D'en haut de vos très blanches loges

Les voyez vous qui s'interrogent

Millions de fourmis qui pataugent

La tête tournée vers les cieux.



Sommes nous seul dans cette histoire,

Les seuls à continuer à croire ,

Regardons nous vers le bon phare

Où le ciel est t-il vide et creux.



Adossé à un chêne liège

Pris comme dans les fils d'un piège

Je descendais quelques arpèges

Je n'avais rien trouvé de mieux.



Où êtes vous dans l'atmosphère,

On vous attend on vous espère,

Mais c'est le doute et le mystère

Que vous m'aurez appris le mieux.



Adossé à un chêne liège

Je descendais quelques arpèges

Par un après-midi pluvieux.



Je descendais quelques arpèges

par un après-midi pluvieux.

(Letra e música de Francis Cabrel)

O LUXUOSO «MAX EMANUEL»

Isto é a fotografia de uma maquete. Repare-se nos detalhes e na riqueza do castelo de popa desta sumptuosa embarcação, que se chamou «Max Emanuel» e que foi concebida para sulcar os rios e os canais dos Países Baixos. Dos quais (no século XVII, ao tempo da ocupação espanhola) o seu proprietário -o duque da Baviera e Eleitor Palatino- era o mais alto dignitário político. Infelizmente não tenho informações consistentes sobre o «Max Emanuel», cujo 'retrato' eu gostaria de incluir no meu blogue ALERNAVIOS. O luxo ofuscante deste barco consta, no entanto, de um relatório enviado pelo conde de Osuna ao rei Filipe V...

JOEL McCREA E OS SEUS WESTERNS


Figura incontornável do cinema western, o actor Joel McCrea (1905-1990) participou em nada menos do que 33 películas do género «mais genuíno do cinema norte-americano». Isto sem falar nos episódios que fez para a televisão, quando rodou (com o seu filho Jody) a série «Wichita Town», que comportava 26 mini-filmes de 30 minutos cada um. Neto de autênticos pioneiros da conquista do Oeste (um dos seus antepassados atravessou as grandes planícies num carroção de colonos e fundou um hotel na cidade de San Francisco e um outro dos seus avós combateu os Apaches e foi director de uma companhia de diligências), Joel McCrea estava talhado para protagonizar o papel de xerifes e de outros justiceiros popularizados pelo cinema hollywoodiano das década de 30, 40, 50, 60 e 70. Igual (quer se queira ou não) de Cooper, de Wayne, de Scott, de Stewart e de tantos outros famosos cavaleiros do celulóide do seu tempo, este cowboy das pantalhas deixou a sua marca nalgumas das mais notáveis fitas que jamais se produziram sobre a lenda westerniana. Aqui fica a lista exaustiva de todas as suas participações :

01- «BARBARY COAST» («Cidade Sem Lei», de Howard Hawks, 1935);

02- «WELLS FARGO» («Uma Nação em Marcha», de Frank Lloyd, 1937);

03- «UNION PACIFIC» («Aliança de Aço», de Cecil B. DeMille, 1939);

04- «THE GREAT MAN’S LADY» («A Mulher do Grande Senhor», de William A. Wellman, 1942);

05- «BUFFALO BILL» («As Aventuras de Buffalo Bill», de William A. Wellman, 1944);

06- «THE VIRGINIAN» (s.t.p., de Stuart Gilmore, 1946);

07- «RAMROD» (s.t.p., de André de Toth, 1947);

08- «FOUR FACES WEST» (s.t.p., de Alfred E. Green, 1948);

09- «SOUTH OF SAINT LOUIS» («Mercadores de Intrigas», de Ray Enright, 1949);

10- «COLORADO TERRITORY» («Golpe de Misericórdia», de Raoul Walsh, 1949);

11- «THE OUTRIDERS» (A Vanguarda», de Roy Rowland, 1950);

12- «STARS IN MY CROWN» («Estrelas na Minha Coroa», de Jacques Tourneur, 1950);

13- «SADDLE TRANP» («Quatro Filhos e uma Noiva», de Hugo Fregonese, 1951);

14- «FRENCHIE» («Uma Mulher Indomável», de Louis King, 1951);

15- «CATTLE DRIVE» («A Manada Perdida», de Kurt Neumann, 1951);

16- «THE SAN FRANCISCO STORY» («o Último Duelo», de Robert Parrish, 1952);

17- «LONE HAND» («O Inimigo Solitário», de George Sherman, 1953);

18- «BORDER RIVER» («Zona Livre», de George Sherman, 1954);

19- «BLACK HORSE CANYON» («Indomável», de Jesse Hibbs, 1954);

20- «WICHITA» («Wichita», de Jacques Tourneur, 1955);

21- «STRANGER ON HORSEBACK» (s.t.p., de Jack Tourneur, 1955);

22- «THE FIRST TEXAN» («Liberdade ou Morte», de Byron Haskin, 1956;

23- «THE OKLAHOMAN» («Luta de Morte», de Francis D. Lyon, 1957);

24- «TROOPER HOOK» (s.t.p., de Charles Marquis Warren, 1957);

25- «GUNSIGHT RIDGE» (s.t.p., de Francis D. Lyon, 1957);

26- «THE TALL STRANGER» («O Desconhecido», de Thomas Carr, 19557);

27- «CATTLE EMPIRE» («O Império do Gado», de Charles Marquis Warren, 1958);

28- «FORT MASSACRE» («Forte Massacre», de Joseph M. Newman, 1958);

29- «THE GUNFIGHT AT DODGE CITY» («Duelo em Dodge City», de Joseph M. Newman, 1959);

30- «THE YOUNG ROUNDERS» (s.t.p., de Casey Tibbs, 1966);

31- «RIDE THE HIGH COUNTRY» («Os Pistoleiros da Noite», de Sam Peckinpah, 1962);

32- «CRY BLOOD APACHE» (s.t.p., de Jack Starrett, 1970);

33- «MUSTANG COUNTRY» (s.t.p., de John Champion, 1976).


(A sigla s.t.p. significa ‘sem título português’, o quer dizer que o filme em causa não teve estreia comercial no nosso país).
Muitas das películas da referenciada filmografia western de Joel McCrea são filmes de puro entretenimento, que não diferem muito das banais fitas de cowboys do seu tempo. Algumas delas ultrapassaram, no entanto, o estatuto de simples filme de aventuras para se alçarem ao topo de westerns de mais fino registo; que a crítica e a cinefilia, em geral, reconhece, hoje, como obras que contam entre as melhores do seu género. São disso exemplo, entre outras, «Aliança de Aço», «Golpe de Misericórdia», «Estrelas na Minha Coroa», «Forte Massacre» ou «Os Pistoleiros da Noite», que são, hoje, consideradas classicos entre os clássicos.
Nunca exibido comercialmente em Portugal «Four Faces West» é um dos mais originais westerns com participação de Joel McCrea. Um DVD com cópia desta excelente fita foi editado em Espanha
«The Virginian» (realizado em 1946 por Stuart Gilmore) é outra das fitas com McCrea que os Portugueses não viram. Vá lá saber-se porquê...
Em contrapartida, a fita «As Aventuras de Buffalo Bill» foi um sucesso de bilheteira no nosso país
O actor no papel do sargento Vinson, figura fulcral da película «Forte Massacre», um estimável western militar realizado em 1958 por Joseph M. Newman
Outra pérola rara da filmografia western de Joel McCrea : «Stars in My Crown». Esta fita também não estreou nos cinemas portugueses; mas, já depois do 25 de Abril, foi programada por um dos nossos canais de televisão, que lhe atribuíu o título «Estrelas na Minha Coroa»
Outro filme inédito do actor homenageado : «Ramrod». Felizmente a maior parte destas fitas têm cópias DVD já editadas em França e/ou em Espanha, o que permite a sua divulgação junto dos westernófilos lusos que entendam outras línguas
Joel McCrea numa das suas derradeiras fotografias. Este grande actor californiano nasceu em South Pasadena, em 1905, e finou-se no seu estado natal em 1990

quarta-feira, 16 de maio de 2012

SUMAC


O sumac (ou summac) é uma planta cultivada no sul de Itália e nos países do Próximo Oriente. As suas folhas passam do verde para o vermelho e, nesta sua última fase, são moídas, depois de secas. Desse processo obtém-se um pó grosseiro (com sabor agridoce) utilizado em culinária. Os Turcos e os Iraquianos (mas não só eles) utilizam-no para temperar saladas e aromatizar arroz. No Líbano o sumac é usado para adubar pratos de peixe e de carne misturado com outras especiarias. Pode usar-se em churrascos, ao qual o 'sumac' confere uma pitada de exotismo. À excepção de Lisboa, cidade onde existem algumas mercearias de produtos orientais, é muito difícil encontrar este produto. Tenho uma receita da cozinha árabe,  'Os Fígados de Aves à Libanesa' que leva este ingrediente e é deliciosa. Qualquer dia deixo-a aqui, neste espaço, para que os mais aventureiros a experimentem... . .
As folhas de sumac (qual será o nome português desta planta ?) passam do verde ao vermelho purpurino . .
O sumac é vendido (nas raras lojas da especialidade) em sacos ou em frascos

A SIDONIS-CALYSTA SOMA E SEGUE

Ainda mal refeito da (enooorme) surpresa causada pela edição (prevista para 22 de Maio) dos seus últimos DVD's de temática western (assunto que abordei neste blog há, apenas, alguns dias) e já a Sidonis-Calysta me espanta com o lançamento (no próximo mês) de, pelo menos, mais três títulos muito apetecidos e há muito esperados. Trata-se, desta vez, dos filmes seguintes : ;''>div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
«A DAMA DO RIO» («River Lady»), realizado em 1948 por George Sherman, com Yvonne de Carlo e Rod Cameron.
«A AVENTUREIRA» («The Gal Who Took the West»), realizado por Frderick de Cordova em 1949, com Yvonne de Carlo e Scott Brady.
«ATIRAR PARA MATAR» («Star in the Dust»), realizado por Charles Haas em 1956, com John Agar e Mamie van Doren
Perante isto, fico admirativo (confesso) e já não duvido de que a supracitada editora francesa de DVD's nos oferte -nos próximos meses- alguns outros westerns que fazem sonhar os amadores do género. E são tantos... De qualquer modo, aproveito a ocasião para saudar o trabalho desenvolvido pela Sidonis-Calysta, uma casa que conhece perfeitamente os gostos da sua clientela e que valoriza o material videográfico que comercializa com bónus de grande qualidade, já que contam com a colaboração abalizada de dois conhecedores respeitados pela comunidade cinéfila de França : Bernard Tavernier (cineasta, guionista, crítico) e Patrick Brion (escritor, crítico, comentador TV). Não quero, por outro lado, deixar de saudar, aqui e agora, a saída em suporte DVD (também em França) dessa obra-prima do western crepuscular que se intitula «MONTE WALSH, UM HOMEM DIFÍCIL DE MORRER». Um filme realizado em 1970 por William A. Fraker e que conta com as preciosas interpretações de Lee Marvin, de Jeanne Moreau e de Jack Palance.
(Este DVD será comercializado, em França, em Julho de 2012)

FAUNA EM PERIGO

Muito útil pelo facto de se alimentar de insectos (daqueles que nos fazem a vida negra) o simpático ouriço cacheiro tem um inimigo letal na pessoa do automobilista. Rara é a semana em que, aqui na minha região, me não deparo com o cadáver (espalmado) de um destes bicharocos; que se vêem obrigados a atravessar as faixas de alcatrão -que invadiram o seu 'habitat'- e acabam por ser ingloriamente imolados nesses altares da civilização que são as vias rodoviárias. Que pena que o progresso se faça à custa da exterminação da fauna das nossas regiões...

O BARCO DE ARNELAS

Esta embarcação à vela, outrora típica do Douro, é o famoso barco de Arnelas, assim chamado por operar num troço do rio junto a esse lugar da freguesia de Avintes. Destinava-se, geralmente, ao transporte de pessoas (como o atesta a imagem) e mercadorias, que, pelas mais diversas razões (e pelo facto de não haver pontes nas proximidades), se viam obrigadas a atravessar o 'rio do Porto' por este meio. A foto data de finais dos anos 20 do século passado ou do início da década seguinte

BANDERILLAS

-Que vengán las banderillas. Las comestibles, las solas que (por supuesto) me gustán. Olé !