segunda-feira, 25 de março de 2013

UMA PRIMAVERA DISFARÇADA DE INVERNO

A Primavera anda mascarada de Inverno. De triste Inverno, acompanhada com frio e chuva. Muita chuva, daquela que não se limita a molhar parvos. Esta incomoda mesmo e, de tanta ser, já está a prejudicar os agricultores da minha terra. Que, acabrunhados, já não sabem para quem se virar : se para o Deus do papa Francisco -que se tem mostrado surdo e inclemente- se para Manitú ou para qualquer outra divindade exótica. Eu, que nem tenho propriamente uma mentalidade de turista, também já estou a ficar farto deste capricho da Mãe-Natura; que parece andar muito distraída. Ao ponto de não respeitar datas nem horários. Mas, como diz o outro, «aguenta, aguenta», porque podia ser pior e vir para aí um daqueles tornadozitos, que se habituaram a visitar-nos e que tudo devastam. E que também aleijam...E se, a propósito da chuva, lembrássemos a quadra inicial de um conhecido poema de Fernando Pessoa ? Lá vai : «Cai chuva do céu cinzento/Que não tem razão de ser./Até o meu pensamento/Tem chuva nele a escorrer».

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