quarta-feira, 21 de agosto de 2013

MUNDO CÃO

Enquanto o nosso país arde (ontem houve 245 incêndios em Portugal), os cadáveres continuam a amontoar-se no Egipto e na Síria, a fome continua a grassar em África, os Palestinianos continuam a sofrer com a ocupação judaica da sua pátria e o desemprego continua a estender-se por essa Europa fora, um matutino lisboeta dá, hoje, honras de primeira página aos cãezinhos da família Obama. Que são tão queridos, não é verdade ?  É certo que estamos no Verão e que esta época do ano se quer mais descontraída. Mas que não se exagere, francamente ! Acho que se esse jornal queria escrever sobre animais, seria mais ajustado evocar o caso dos bichanos e dos cães que, por esta altura, são abandonados -sem dó nem piedade- por donos apressados em chegar às praias algarvias. Onde não se admitem cães e outros que tais. O que 'justifica', naturalmente, a canalhice periódica dos animais descartáveis. Enfim, isto é o que eu penso. Eu, que devo ter uma mentalidade retrógrada e que, diga-se de passagem, me estou marimbado para o cão-de-água presidencial e para o companheiro de quatro patas que agora o acompanha pelos corredores e salões da Casa Branca (incluindo o oval, ao que parece), sem que se arrisquem a levar um tiro disparado pelos agentes da CIA; que, ao que que se diz, pululam na venerável residência, para proteger Obama do terrorismo internacional. Essa expressão onde cabe tudo e mais alguma coisa. Mesmo aqueles ex-agentes domésticos, que acharam por bem denunciar a gigantesca rede de espionagem electrónica montada pelos E.U.A. para vigiar toda a gente. Inclusivamente os seus amigos.

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