quinta-feira, 31 de julho de 2014

FAZ HOJE 100 ANOS QUE JEAN JAURÈS FOI ASSASSINADO

Paladino da paz, o tribuno Jean Jaurès (intelectual brilhante, deputado e jornalista) sempre pugnou pela harmonia entre as nações. Infelizmente sem sucesso, visto não ter podido impedir -com a sua acção, com os seus discursos e com os seus escritos- a eclosão da primeira guerra planetária. Que ceifou milhões de vidas e provocou destruições incomensuráveis e até então nunca vistas. Jean Jaurès foi assassinado por um nacionalista fanático, quando se encontrava à mesa de um café parisiense preparando um artigo para o jornal «L'Humanité», que ele fundara em 1904. Grande figura da França do século XX, Jaurès é hoje uma personagem histórica consensual de praticamente todas as correntes políticas do seu país; que hoje honra a memória deste grande homem.

A GUERRA OBSCENA DE ISRAEL CONTINUA

As tropas israelitas prosseguem a sua obra de destruição e de morte na faixa de Gaza. A O.N.U., que ali, naquele território palestiniano, investiga crimes de guerra perpetrados pelo esmagador exército judeu,  acusou ontem os israelitas de terem -deliberadamente- bombardeado mais uma das suas escolas e um mercado, onde foram mortos (durante uma trégua) mais algumas dezenas de civis inocentes. Está iludido o povo que pensa resolver desta bárbara maneira os seus problemas de segurança; quando na realidade, o que ele está é a suscitar mais ódio por parte dos seus vizinhos e uma maior incompreensão por parte de milhões e milhões de pessoas em todo o planeta. Que, sem estas guerras sistemáticas, sanguinárias e absurdas, até dispensariam naturalmente a sua simpatia a um povo que tantas tiranias sofreu ao longo da História; mas que, desde 1948 (desde o massacre de Deïr Yassine), está a impor sevícias sem nome àqueles com os quais, de futuro, terá de coabitar e conviver. Queira ou não queira ! Enquanto isto,  os Estados Unidos da América (o grande protector e fornecedor de capitais e equipamentos a Israel), continuam a assobiar para o lado, como se nada de anormal estivesse a acontecer por aquelas bandas. Razão têm os governos das nações sul-americanas, que já fizeram chegar às mãos dos dirigentes israelitas uma veemente nota de repúdio pela guerra desumana que eles continuam a praticar em Gaza. Espantam-se os governos brasileiro, argentino, chileno, venezuelano, boliviano, etc (que têm nos seus próprios países fortes comunidades árabes e judaicas), que o 'povo eleito' não tenha a capacidade de se entender com os seus vizinhos, quando, na América Latina a população semita convive perfeita e pacificamente na mesma terra e sob as mesmas leis. Estou certo que, um dia, o mundo vai fartar-se das arbitrariedades e da arrogância do 'povo eleito' e vai isolá-lo até ele se decidir a aplicar (a si próprio) as regras da boa vizinhança...

O REGRESSO DE «O MUNDO DO OESTE»

Todos os cinéfilos se recordam, sem dúvida, da longa metragem intitulada «O Mundo do Oeste» («Westworld»), que Michael Crichton realizou em 1973. E das cenas protagonizadas por Yul Brynner, actor que, nessa fita, interpretava o papel do robot de um parque temático, que -num Oeste imaginário- perseguia e tentava matar um grupo de turistas. Pois bem, chega agora a notícia, através dos jornais, de que o canal norte-americano de TV por cabo HBO tem o projecto de produzir uma nova série inspirada naquele sucesso de há 40 anos. Escusado será dizer que espero, com muita curiosidade, a chegada da dita série. Que terá como principal actor, o veterano e categorizado Anthony Hopkins (actualmente com 76 anos de idade), no papel de director do tal parque temático futurista. O tema versará sobre o conceito de inteligência artificial, já abordado na película original, e nos perigos que dela podem advir quando o homem perde o seu controlo. Aguardemos...

PROCURANDO A ROTA...

Esta bonita estampilha, emitida pelos serviços de administração postal das Ilhas Feroé, mostra um marinheiro nórdico tentando estabelecer a posição do seu navio com recurso a um tosco aparelho de ajuda à navegação. Por volta do ano 1000 da nossa era, os Viquingues ilustraram-se -sobretudo no Atlântico norte- graças à sua perícia marinheira, à sua reputação de rudes e impiedosos guerreiros e à qualidade náutica dos 'drakkars' e dos outros navios que então construíam...

sábado, 26 de julho de 2014

COISA CURIOSA

OK !Todos nós utilizamos, na nossa linguagem do dia a dia, esta expressão de origem norte-americana, que quer dizer «está tudo bem, tudo certo». Mas poucos sabem que a dita começou a usar-se -nos Estados Unidos- durante a mortífera Guerra Civil, que ocorreu entre 1861 e 1865. Conflito que ali provocou centenas de milhar de mortos e que separou politicamente (mas não só) pessoas que, até então, haviam convivido mais ou menos bem com as suas diferenças. Mas, ainda em relação ao uso da expressão OK, quero referir que -após um confronto com o inimigo- as unidades militares implicadas nesse conflito costumavam afixar, à entrada dos seus aquartelamentos, cartazes com a frase «0 K», que significava 'Zero Killed' (zero mortos), quando não tinham sofrido baixas definitivas. Rapidamente, porém, a cifra zero passou a ser confundida (voluntariamente ou não) com a letra O e a famosa expressão passou a tomar o sentido que hoje lhe conhecemos e que, agora, se usa no mundo inteiro. Curioso, não é verdade ?

ASSIM VAI O MUNDO...

A consentida e inadequada adesão da Guiné Equatorial à C. P. L. P. é, não tenho dúvidas, mais um atentado ao bom nome e ao prestígio do nosso país. Pergunto : que terá passado pela cabeça dos chefes de governo dos estados membros dessa organização -incluindo o nosso- para escancarar as portas da dita a um país que não fala a língua comum e que, ainda por cima, é considerado um dos estados mais corruptos do planeta ? Onde os direitos humanos são sistematicamente violados pelo sanguinário ditador Teodoro Nguema Obiang e pela sua clique. Terá sido o cheiro do petróleo e a miragem de negociatas, que toldaram a mente dos dirigentes da C. P. L. P. e que os levou a cometer esta afronta aos respectivos povos ? Confesso que não sei. Mas lamento que todos eles tenham colaborado alegremente nesta indigna fantochada, que nos diminui aos olhos das democracias e que nos coloca no campo dos países despreocupados com a dignidade e com o natural bem-estar de milhões de seres humanos. Seja como for, isto é uma vergonha, uma ignomínia imperdoável !!! Há cerca de um mês que as tropas do estado de Israel invadiram a chamada faixa de Gaza e ali dão largas a uma inaudita selvajaria, proporcionada pelo ódio aos árabes, pela sofisticação do armamento que possuem e pelo número de militares de que dispõem no terreno. Neste momento preciso, as forças armadas judaicas já ali massacraram (o termo não é exagerado) cerca de 1 000 palestinianos, 1/6 dos quais são crianças ! Muitos desses palestinianos foram pura e simplesmente liquidados em escolas, hospitais e edifícios das Nações Unidas, locais que os israelitas não têm respeitado minimamente. E isto segundo o parecer da O.N.U., que já pediu um inquérito ao que se está a passar naquela região quente do mundo, por suspeitar que por lá se estejam a cometer verdadeiros crimes de guerra. Como é habitual, tudo isto se desenrola graças à tradicional passividade dos E.U.A. (mentores militares do agressor) e à política da intocabilidade de Israel por parte da Europa (ah, o eterno sentimento de culpabilidade pelo holocausto...), onde até já se chegou ao escândalo (como em França) de proibir manifestações a favor da oprimida e espoliada Palestina. Enfim, o cenário repete-se há já tanto tempo, que tudo aquilo de grave que está a ocorrer no Próximo Oriente nos parece inelutável, 'du déjà vu'. Mas não é ! Um dia o mundo acordará, tomará consciência do que ali se está realmente a passar e obrigará os prevaricadores a reconsiderar a sua vergonhosa e iníqua política de vizinhança. Até porque dessa política também está dependente a paz pela qual suspiram muitos milhares de cidadãos israelitas... O escândalo agora protagonizado pelo banqueiro Salgado (da influente família Espírito Santo) é mais um testemunho da pouca vergonha que impera neste país que é o nosso. Onde os poderosos, que sempre sobrepuseram os seus mesquinhos interesses ao bem-estar comum e à justiça, arruínam empresas e famílias, fogem com milhões ao fisco e por aí andam, de cara alegre, gozando de toda impunidade. Bastando, para isso, que disponibilizem 2 ou 3 milhões do dinheiro que pilharam sob a forma de caução entregue a um tribunal. Espero é que, a exemplo do que já aconteceu no passado com B.P.N.'s e quejandos, não sejamos todos nós a pagar, outra vez, as favas destes buracos sem fim, causados à economia do país por vigaristas internacionais e gatunos de luvas brancas...