terça-feira, 16 de setembro de 2014

NOTAS SOLTAS


A ex-minustra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues foi (na passada semana) condenada a uma pena de prisão de 3 anos e meio. Com pena suspensa. Pelo facto de ter feito uma adjudicação directa, sem concurso, da qual terá beneficiado o irmão de um seu colega de partido, também ele, antigo membro do governo. Tomei nota. E agora aguardo que se sentem no banco dos réus os protagonistas de outros 'casos lesivos do interesse nacional', como, por exemplo, o da obtusa venda de submarinos à nossa Armada. Em cujo negócio se volatizaram -como é sabido- milhões de euros em subornos e outras manigâncias. E, confesso, anseio por saber qual a pena de cadeia que lhes será aplicada... /////// Prossegue e agrava-se o confronto entre professores -cuja classe perdeu milhares de postos de trabalho desde que Nuno Crato assumiu funções- e o ministério da (in)Cultura. Pois, porque não há volta da dar-lhe. Um gabinete que fecha escolas às centenas, que semeia o caos no ensino e que se incompatibiliza com os seus agentes, não merece a estima de quem gostaria de ter jovens com uma escolaridade tranquila. Factor indispensável para a aquisição de mais e de melhores conhecimentos. Parece-me que, a este ministro conflituoso e sem visão, basta que os Portugueses saibam soletrar e contar até 20. Para os tornar, como no passado, mais mansinhos e servis ? Aqui fica a pergunta... /////// Segundo os jornais do dia, a NATO levou para a Ucrânia uns 4 000 militares. Que, em conjunto com o exército local, ali vão proceder a manobras militares. Exercícios bélicos que, segundo o porta-voz da Aliança Atlântica, «nada têm a ver com a situação que reina no leste do país». Mas quem é que esta gente quer mistificar ? A presença dos soldados da anacrónica NATO naquela sensível região da Europa oriental é mais uma acha atirada para a fogueira de um conflito que pode degenerar em guerra aberta, com consequências imprevisíveis para a paz e para a segurança no nosso continente. Quem é que ali quer criar uma zona de instabilidade ? E com que inconfessáveis fins ? Uma coisa é certa. Trata-se de um jogo perigoso, que as populações europeias recusam. Duas guerras planetárias e dezenas de milhões de mortos já nos bastam. O tempo é de discussão (pacífica) e de cabeça fria, para que se resolvam os problemas pendentes. No respeito de todos e sem sangue... /////// Os resultados da última jornada da liga de futebol parecem atestar que os chamados grandes não terão, esta época, a vida facilitada. Embora eu cá desconfie de que, no que respeita o título de campeão, será um deles que (como sempre) o conquistará. Porque isto da bola não se faz sem dinheiro, coisa que a maioria das equipas ditas de segundo plano não possui. Parece que os grandes também têm, na realidade, mais dívidas do que dinheiro. Mas beneficiam de crédito junto dos bancos, o que não é dado a todos. Enfim, o futebol é um mundo que cada ano que passa menos me fascina. Porque eu sou um dinossáurio, uma relíquia de um tempo passado, em que os jogadores transpiravam por amor à camisola; e não meros mercenários, que só correm (de um clube e de um país para o outro) atrás do dinheiro. Facto que deu ao chamado 'desporto-rei' uma nova dimensão, é certo, mas que, talvez um dia, acabe com ele...

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