sábado, 6 de setembro de 2014

UM PLÁTANO INVULGAR

Aqui há dias, evoquei neste blogue a existência de uma oliveira, que cresce em França, à qual os peritos atribuem dois milénios de existência. O que não deixa de impressionar. Ontem, durante uma viagem a Portalegre, estive à sombra do famoso plátano do Rossio, uma árvore também ela surpreendente. Não pela sua idade, visto 'só' ter 176 anos de vida, mas pelas suas dimensões. Dimensões que fazem deste plátano ('Platanus hybrida Brot.') uma das grandes atrações turísticas da cidade cantada por José Régio. Com efeito, esta árvore gigante apresenta um perímetro de copa de 111,20 metros, um diâmetro médio da dita cuja de 38,20 metros e um perímetro do tronco de quase 6 metros. De notar que a copa é de tal modo vasta, que foi necessário escorá-la, para que as suas inúmeras pernadas não se abatam. O plátano do Rossio foi plantado, em 1838, pelo botânico Dr. José Maria Grande junto a uma linha de água, que o alimenta, desde então, e que é responsável pelo seu invulgar crescimento. Situado num lugar aprazível da avenida da Liberdade, este gigante vegetal é ponto de reunião de muitos portalegrenses, que, à sombra da sua frondosa copa, alimentam horas e horas de convívio e de cavaqueira. Diz a tradição (e uma placa alusiva), que ali foi fundado  o Sport Clube Estrela e que ali funcionou a primeira 'sede' desta conhecida agremiação desportiva do Alto Alentejo. O plátano do Rossio foi classificado como árvore de interesse público em 28 de Agosto de 1938, por decreto referenciado no «Diário do Governo».

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