segunda-feira, 10 de novembro de 2014

ASSIM VAI O MUNDO...


Neste fim de semana o F.C. Porto foi empatar ao campo do Estoril Praia, o Sporting C.P. empatou em casa com o Paços de Ferreira e o S. L. Benfica ganhou 'à rasca' ao Nacional da Madeira. Não me lembro de, nestes últimos anos de futebol, o campeonato português ter tido tanto interesse. Não acredito que 'isto' seja o fim da hegemonia dos chamados 3 Grandes, nem sequer que dure muito tempo, mas é saudável e muito interessante que esteja a acontecer. Que uma equipa como a do Vitória de Guimarães  suplante (neste momento) 'dragões' e 'leões' na classificação geral e ameace seriamente umas 'águias', que vencem, mas que não convencem. E que se lixem os fanáticos !


Nesta Europa onde vivemos ninguém se entende. Em Berlim festejam-se os 25 anos da queda do famoso muro, que ao ruir, e entre outras coisas, facilitou a reunificação da Alemanha. País que, como devem estar lembrados, os Aliados dividiram (e muito bem !) em várias zonas de ocupação, após o episódio trágico da 2ª Guerra Mundial. E na Catalunha, ontem, vários milhões de votantes foram às urnas para exigir (oficiosamente) a separação do reino de Espanha dessa região que, já há muito tempo, beneficia de um estatuto de larga autonomia. Afinal, em que ficamos ? -Isto é para manter unido ou para esfrangalhar, até que o nosso espaço comum se transforme numa verdadeira manta de retalhos ?


Como lembra, hoje, um título da nossa imprensa quotidiana, o Orçamento de Estado para 2015 atribuiu aos senhores deputados mais (em relação ao ano que chega a termo dentro de dias) 3,5 milhões de euros para... viagens. Isto é ilustrativo da falta de vergonha a que se chegou. Há por cá quem pretenda que os 'nossos' parlamentares são dos mais mal pagos da Europa... Fantasia !!! Não se podem comparar, assim, sem mais nem menos, os emolumentos dessa gente com os que recebem os seus colegas dos países ricos. Que atribuem aos seus cidadãos reformas e pensões decentes. Que dão às populações que os elegeram algo mais do que lhes é necessário para assegurar a sua sobrevivência. Acho que as remunerações dos deputados portugueses deveriam ser calculados em função (repito, em função) do salário mínimo nacional; que continua a ser uma autêntica miséria. E quem não quisesse aceitar, que emigrasse e fosse trabalhar para a Suíça, para o Reino Unido ou para a França. Países para onde este (des)governo tem deportado legiões de arquitectos, de engenheiros, de operários qualificados e de profissionais da saúde. Que (todos eles) fazem por cá mais falta do que a maioria dos papagaios que temos na Assembleia da República. Digo isto sem populismos (não estou a pedir votos a ninguém), porque também eu acho que há deputados a mais (num país tão pequeno) e dinheiro a menos para entregar -para viagens- aos privilegiados do Parlamento.

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