terça-feira, 17 de novembro de 2015

MASSACRE INAUDITO

Na passada sexta-feira, dia 13 de Novembro, encontrava-me a pouco mais de 100 km da capital francesa, quando ocorreu o massacre perpetrado pelo terrorismo islâmico; que roubou a vida a mais de 130 pessoas e que feriu gravemente centenas de outros cidadãos indefesos. Entre os quais se encontravam, diga-se de passagem, alguns muçulmanos. O que prova que os fanáticos do E. I. não são selectivos, matam cegamente e a eito. Mesmo os seus próprios correligionários... Como a maioria dos Franceses e dos estrangeiros que (a tempo inteiro ou parcial) residem no 'hexágono', não tenho medo dos terroristas; na medida em que essas bestas de aspecto humano não conseguem impedir-me de viver normalmente o meu quotidiano. Embora, reconheço, eu possa vir a ser, um dia, como qualquer outra pessoa -em França ou em qualquer outra parte do mundo- vítima casual dos actos tresloucados dos novos bárbaros. Aqui deixo, humildemente, um pensamento de compaixão para os familiares daqueles que foram sacrificados em nome de princípios que, na Europa, toda a gente sensata e medianamente inteligente rejeita. Nós não queremos essa cambada de mentecaptos no nosso universo. E, permito-me dizer, que denunciar qualquer sinal que leve as forças de segurança a identificá-los e a proceder à sua subsequente neutralização é um acto de cidadania. Isto dito, também não quero esquecer que o ressurgimento destes bandos de extremistas na nossa sociedade, está ligado a injustiças sociais que, no nosso mundo, marginalizaram e deixaram muitos jovens sem rumo e, por outro lado, ao intrometimento das nações ocidentais em assuntos que em nada nos dizem respeito. A segunda guerra do golfo, a destruição do regime de Khadafi, a invasão da Síria, por exemplo, constituíram verdadeiros e desnecessários pontapés no vespeiro do Próximo Oriente. Agora temos de gramar as consequências do acto idiota cometido por aqueles políticos que quiseram exportar para o mundo árabe modelos inadequados de democracia. Porque eu estou convencido que o figurino de sociedade que é o nosso, só deve ser pensado quando os povos dessa região estiverem preparados para o receber de sua própria vontade. Sem interferências externas. Posso ser muito ingénuo, mas é assim que eu vejo as coisas...

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