terça-feira, 22 de dezembro de 2015

ASSIM VAI O MUNDO...

O buraco do BANIF (avaliado, por alto, em 3,8 mil milhões de euros) é o mais recente escândalo da banca privada nacional. Que, nestes últimos anos, já custou aos contribuintes portugueses qualquer coisa como 13 mil milhões ! Um verdadeiro escândalo, que deveria levar à cadeia todos aqueles que andam agora, miseravelmente, a sacudir a água do próprio capote e a imputar culpas aos outros. Porque neste país que é o nosso, as culpas de tudo são, como é sabido, sempre dos 'outros'. Há para aí uns partidos ditos 'extremistas', que reclamam a nacionalização total e definitiva da banca. Tragam-me a folha dessa reivindicação, que eu assino por baixo. Já ! Para ver se acabamos, de uma vez por todas, com este vergonhoso 'Fartai Vilanagem'. Que é ruinoso para o nosso país e que degrada a nossa imagem de estado de direito. Parece que está prestes a ser nomeada uma comissão de inquérito para se apurar responsabilidades. Pois que comece a trabalhar de imediato e que não tema apontar os nomes dos responsáveis por mais este descalabro.


Parece que em Espanha as coisas estão más para o bipartidarismo, protagonizado -desde a queda do franquismo de triste memória- pelo PP e pelo PSOE. Fartos de votar nos mesmos (que nunca corresponderam às profundas aspirações de quem neles votou), os eleitores espanhóis deram, no passado domingo, uma parte significativa dos seus votos a duas novas formações políticas : o Podemos, firmemente ancorado à esquerda e o Ciudadanos, conotado, ele, com o centro-direita. Parece que, apesar de muito diferentes na ideia que têm para a Espanha futura, não está descartada a hipóteses de formarem uma coligação para governar. Que, naturalmente, afastará do poder os populares e os socialistas. A ver vamos (com muita curiosidade e com muito interesse) como vão evoluir as coisas nas próximas semanas, aqui ao lado...


Já em França, como aliás era espectável, a Frente Nacional (dos Le Pen e apaniguados, mais votantes equivocados), esbarrou, na 2ª volta das eleições regionais (disputada há uma semana), com a coesão da maioria dos eleitores, que descartam a possibilidade de ver no poder os aventureiros de um partido ultranacionalista e xenófobo; que, no entanto (e isso é preocupante), atingiu um número nunca antes conseguido de votos. Preconizo que a derrota da F. N. nas presidenciais de 2017 venha a acontecer, graças, mais uma vez, à união das forças que se lhe opõem. E que ainda são, e de longe, maioritárias no 'hexágono'. Mas cuidado com as políticas irresponsáveis e irrealistas dos Hollande e dos Sarkozy, que, a prosseguirem como dantes, acabarão por facilitar a ascensão, a médio termo, dos neofascistas. É que, a não haver mudanças de vulto, os Franceses, em desespero de causa, poderão acabar mesmo por ceder ao canto do cisne entoado pelos abutres.

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