quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

INSTANTÂNEO

O fotógrafo apanhou Aquilino Ribeiro (1885-1963), no momento em que, numa livraria (de Lisboa ?), um dos maiores e mais fecundos escritores  portugueses do século XX folheava as páginas de um livro. Político e autor polémico (acérrimo inimigo da Monarquia e, mais tarde, do Salazarismo), Aquilino é, contudo, uma das grandes referências da intelectualidade (mas não só) antifascista. Ainda me lembro do tempo em que grande parte da sua obra estava proibida à venda no nosso país. E de a única maneira de ler os seus livros, ser feita através de exemplares de edições brasileiras, que, clandestinamente e por especial favor, passavam de mão em mão. Foi assim que eu pude ler, pela primeira vez, «Quando os Lobos Uivam», um dos seus mais emblemáticos romances. Como é bom viver em democracia, embora esta seja, neste tempo e no nosso país, ainda uma coisa imperfeita.


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