domingo, 25 de setembro de 2016

COPIANÇOS


Aqui há muitos anos (mais de 30, sem dúvida) no decorrer de uma das muitas visitas que fiz a Fécamp -uma conhecida cidade balnear da costa normanda- entrei no museu de uma grande fábrica de licores, conhecida internacionalmente : a Bénédictine. Tão conhecida e reputada, que o licor que então produzia, desde 1863 (e que ainda hoje produz), foi copiado por fabricantes do mundo inteiro. Fabricantes que, para além de terem tentado reproduzir olores e sabores, também imitaram a forma da garrafa original, a etiqueta, etc. Ao percorrer o dito museu -instalado numa abadia medieval- deparei-me com uma sala onde haviam sido expostas dezenas de botelhas (sim, sim, o termo é português) de todas as origens e, naturalmente, todas elas... falsíssimas. No lote, encontrava-se esta (ou uma garrafa igual a esta), que era comercializada em Portugal com o nome de «Fradetine» e produzida por uma conhecida (e, refira-se, excelente) marca de licores, hoje extinta. Nunca provei pingo desta 'bénédictine' nacional, cujo nome, referências do rótulo e garrafa podiam, efectivamente, levar os eventuais compradores ao engano. Hoje, tal prática seria impossível (penso eu) e a marca plagiante implicada num processo que, certamente, perderia nos tribunais. Não sei, aliás, se, já naquele tempo, a marca prejudicada pelo copianço não terá movido queixas contra os seus 'indelicados' rivais...



Lembro que o consumo abusivo de bebidas alcoólicas é altamente prejudicial. E que saboreá-las moderadamente é um acto de inteligência.

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