terça-feira, 29 de agosto de 2017

NEGÓCIOS CHORUDOS

O negócio das armas continua a render biliões de dólares às potências de tecnologia mais avançada; a saber, os EUA, a Rússia, a França, o Reino Unido, a Alemanha, etc. Porque potenciais compradores não faltam, mesmo nos países de economia débil ou mesmo pobríssimos. Que preferem resolver os problemas com os seus vizinhos por via de conflitos, em vez de tentar resolvê-los pela via diplomática, pela negociação. Daí as guerras serem uma constante -desde sempre- em inúmeras regiões do planeta; e a causa de sofrimentos sem nome para muitos milhares de famílias, que (não tenho dúvidas) aspiram à paz e à tranquilidade. E à dignidade que os conflitos armados também lhes roubam. Basta ver o que se passa, actualmente, no Próximo-Oriente e em certos países de África; que estão transformados em campos de ruína, em cemitérios de inocentes e de onde fogem milhões de pessoas, que, dia após dia, engrossam as legiões de refugiados. Para continuarem a colocar nos mercados do mundo a sua mercadoria, os países produtores de armas estão dispostos a fazer saldos, a trocar a sua tecnologia letal por matérias-primas e, até, a consagrar a inteligência dos seus engenheiros para conceber armamento especialmente destinado a países com menos recursos financeiros. Foi, neste último capítulo, o que fez a Rússia(*), ao projectar e construir este caça-bombardeiro Yak 130 (ver imagens anexadas), cujo preço se apropria às possibilidades reais de forças armadas dispondo de orçamentos reduzidos; mas arma que, obviamente, mata que se farta. Assim, todas as nações, mesmo as mais 'desprotegidas pela sorte', podem entrar em jogos de guerra com os seus vizinhos. Sem que isso altere, de maneira excessivamente visível, o seu 'budget' militar. Embora todos saibamos que, muitas vezes, onde há tropa e meios bélicos a mais, há pão, escolas e saúde a menos...

(*) É evidente que a Rússia -aqui especialmente referida- não é mais nem menos culpada do que as outras nações que acima foram referidas. E que tiram, todas elas (mas não só elas), grande proveito dos negócios de armamento, da indústria da morte.

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