sábado, 2 de setembro de 2017

HISTÓRIA DE BICICLETAS


Quando eu era adolescente, sonhava -como toda a malta da minha idade- possuir uma bicicleta de marca Raleigh. Um velocípede produzido em Inglaterra, que, no Portugal do tempo (anos 50 do passado século), só era acessível aos filhos de famílias abastadas. Ora, como não era esse o estatuto social de meus pais, eu fui um dos muitos miúdos da minha geração que nunca pôde realizar esse sonho dourado. Coisas de gaiatos... Refira-se que, em vez da famosa (e cara) Raleigh -a Rolls-Royce das bicicletas- foi-me oferecida, quando eu já eu tinha atingido a idade de 17 anos, uma máquina desse tipo. Só que era uma 'pasteleira' em segunda mão, de fabrico nacional e apenas porque, por essa altura, eu arranjara trabalho numa firma da periferia do Barreiro e que (devido à distância que a separava do meu domicílio) era imprescindível eu dispor de um meio de transporte autónomo. Apesar de tudo, fiquei impante de orgulho com a máquina e tratei bem dela; de modo a que durasse.

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