terça-feira, 3 de outubro de 2017

ASSIM VAI O MUNDO...


O Benfica continua a acumular desaires e os adeptos do clube já não acreditam na sua recuperação e muito menos no prometido 'penta'. Podem procurar-se justificações para esse estado de coisas, mas na verdade (essa é a minha opinião e a de muitos benfiquistas; e não estou a falar dos arruaceiros...) é que se descurou o reforço do plantel, depois de se ter procedido à venda para o estrangeiro de alguns jogadores indispensáveis. Tendo, assim, o clube, perdido ambições desportivas -tanto no plano nacional, como internacional- para se transformar em mero negócio de venda de atletas. Há muita gente que acredita piamente que a atitude do presidente tem sido, em muitas ocasiões, influenciada por um certo agente de jogadores, que, nessas negociatas, recebe percentagens faraminosas. Eu cá não sei, não vi, mas acredito, francamente, que haverá alguma verdade nisso. E penso que, assim sendo, esta época não há mais Benfica para ninguém... Outra coisa que me impressiona, nesta fase de maus resultados e de desconfianças, foi a atitude tomada em relação ao guarda-redes Bruno Varela; que pelo facto de ter falhado uma vez, foi ostracizado e, ao que dizem os jornais, já está incluído numa lista de vendas e pronto para deixar o clube. Eu (e muitos outros adeptos) acho tal atitude de uma extrema injustiça e indigna de uma grande instituição chamada Sport Lisboa e Benfica. O futuro dirá se a saída do 'glorioso' desse jogador, serviu de alguma coisa ou se este bode expiatório chamado Varela apenas foi sacrificado para tentar fechar a boca à legião de descontentes, que já prolifera no seio da massa associativa encarnada...
A paixão insensata (perdoai o eufemismo) que nutrem os norte-americanos pelas armas de fogo, aliada à insensibilidade criminosa das leis ianques sobre a regulamentação das vendas desses engenhos de morte, têm sido a causa dos numerosos episódios que, com alguma regularidade, ensanguentam os 'states' e são notícia de primeira página nos jornais do mundo inteiro. Acontecimentos que sempre impressionam pelo número das vítimas inocentes que protagonizam as acções tresloucadas de indivíduos (nas escolas, nos supermercados, nas salas de espectáculos e em tudo quanto é sítio onde afluem multidões) que podem adquirir uma pistola-metralhadora ou uma espingarda de assalto com a mesma facilidade com que por cá se compra meia dúzia de pastéis de nata. Essa situação concorre para que, anualmente e só no território dos Estados Unidos, haja 30 000 mortos provocados por armas de fogo. Enquanto que, na Europa (que tem mais do dobro dos habitantes daquele país) e nesse tipo de ocorrência as vítimas não cheguem a metade. O que, diga-se de passagem, já não é pouco. O último incidente dessa natureza ocorrido do outro lado do Atlântico, teve lugar, ontem, em Las Vegas, onde um desequilibrado -que possuía um pequeno arsenal- se fechou num quarto de hotel daquela cidade dos prazeres e, dali, disparou aleatoriamente contra os espectadores de um concerto de música 'country'. Balanço provisório desta desgraça (que já é a maior matança do género perpetrada nos EUA) : 59 mortos e mais de meio milhar de feridos ! Segundo a polícia, que terá encontrado o atirador morto, por suicídio, o homem era um pacato cidadão de Las Vegas, bem instalado na vida e sem antecedentes criminais. -Pergunta-se : então que mosca o picou ? Ninguém sabe. Mas o que também ninguém ignora, é que a facilidade com que se vendem armas a particulares naquele país (inclusivamente armas de guerra), deve dar uma ajudinha para a repetição de actos bárbaros como este...

Todos nós vimos (na televisão e noutros meios informativos) a maneira brutal como o governo do senhor Rajoy reagiu para 'resolver' o problema da Catalunha e a questão candente da independência. Que foi simplesmente inadmissível e a lembrar os velhos tempos do sangrento ditador Francisco Franco. Eu digo francamente que a independência da Catalunha seria algo de grave para a Europa, para a península Ibérica e até para Portugal. Para o nosso país, que tem tudo a ganhar com a existência de uma Espanha forte (política e economicamente), una e em paz. A abertura aos independentismos e à fragmentação territorial das nações abre a portas a divisionismos e a ódios que todos dispensamos. Aliás, já vimos em Barcelona provocadores a agitar a bandeira da independência dos Açores, entre outros... Isto, num tempo e em países onde nunca houve -tanto em Espanha como em Portugal- tanta democracia, tanta liberdade concedida aos seus filhos e às suas instituições; que, apesar de alguns pontuais deslizes, são exemplares neste mundo caótico em que vivemos. -Se a Espanha ceder, hoje, às exigências dos Catalães, que fará, depois, quando os Bascos, os Galegos e outros dos seus povos colocarem em cima da mesa exigências da mesma ordem ? -E lá fora, no Reino Unido (por exemplo), o que fazer quando os independentistas de várias regiões, como os Escoceses, optarem pelo separatismo ? Isto sem falar no resto do continente, assolado, desde sempre, pela febre de nacionalismos vários. A hora é, na minha modesta opinião, de união (para a segurança e o progresso de todos) e, em Espanha, há que encontrar soluções para -harmoniosamente, sem confrontos- encontrar soluções; que satisfaçam os anseios de todos. Não sei como isso poderá fazer-se, porque não sou político, sociólogo ou seja lá o que for para oferecer soluções. Mas, tivesse eu a chave do problema na mão e juro que a oferecia de boa vontade a todas as nações confrontadas com a ilusão do separatismo... Esta é, naturalmente, a minha opinião. Nada mais do que isso...

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