quarta-feira, 9 de maio de 2018

O GOSTO PELA HISTÓRIA PODE (DEVE) SER INCENTIVADO DESDE A JUVENTUDE. ERA ASSIM NA MINHA MOCIDADE...


O velho que eu sou ainda se lembra do tempo em que os portugueses se interessavam pela sua História, sabiam algumas coisas sobre a dita e tiravam gozo disso. O que já não acontece nos nossos dias... Em que, até na escola, se subalternizou o ensino dessa disciplina. Na minha meninice, os mestres-escola começavam a ministrar-nos noções de História de Portugal desde a 4º classe de instrução primária; recorrendo -professores e alunos- a um compêndio adequado. Era o tempo da ditadura e o programa estava, é certo, eivado do nacionalismo próprio da época e da situação política que então por cá se vivia; mas que, ainda assim, permitia aos garotos da minha geração adquirir noções sobre a formação do nosso país e dos acontecimentos assinaláveis que marcaram a nossa História ao longo dos séculos; desde Viriato e a sua resistência aos romanos até à exploração do interior de África por Capelo e Ivens, Serpa Pinto e por outros intrépidos exploradores. Em complemento ao ensino oficial, apareceu uma magnífica colecção de cromos sobre o tema e que foi comprada por muitos jovens daquele tempo... As publicações de banda desenhada também contribuíam para despertar o gosto pela disciplina, ao não esquecerem a inclusão, nas revistas que regularmente distribuíam, 'obras' que espicaçavam o interesse da maioria dos seus leitores. E que contribuíram, assim, para que, muitos deles, passassem, futuramente, a ler obras mais profundas e mais completas sobre a História-Pátria, mas não só. Fica a pergunta : -E se regressássemos a esse tipo de pedagogia ? Se calhar não era pior...

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